O Azulão (Cyanoloxia brissonii), conhecido também pelos nomes de azulão-bicudo ou bicudo-azulão, azulão-do-nordeste, azulão-do-sul, azulão-verdadeiro, azulão-da-mata (Sul do Piauí), guarundi-azul, gurandi-azul e tiatã, é presente em praticamente todo o Brasil, mais Bolívia, Paraguai e Argentina. Seu nome científico do grego significa kuanos (azul escuro) e loxia (bico cruzado, tentilhão de bico forte); e de brissonii (brissonia), homenagem ao ornitólogo francês Mathurin Jacques Brisson (1723-1806): Pássaro azul escuro com bico forte de Brisson. Em ornitologia, loxia é usado para uma ampla variedade de tentilhões com bico forte ou aves parecidas com tentilhões.
Tem bico avantajado e negro. O macho é totalmente azul-escuro, com partes azuis brilhantes. A fêmea e os filhotes são totalmente pardos, com as partes inferiores um pouco mais claras. Canto sonoro e melodioso, diferente no crepúsculo e pela madrugada. As populações do sul do Brasil possuem tamanho corporal mais avantajado, quando comparado com as do Nordeste.
Possui cinco subespécies, sendo que três ocorrem no Brasil: Cyanoloxia brissonii argentina (Sharp, 1888), no leste da Bolívia até o Chaco do Paraguai, oeste do Brasil e no norte da Argentina é a de maior tamanho entre todas e também de um azul escuro, diferindo, ainda, da forma nominal, por possuir na face uma faixa de cor cobalto prateado que se estende da sobrancelha à nuca; Cyanoloxia brissonii brissonii (Lichtenstein, 1823), no Nordeste do Brasil, dos estados do Piauí e Ceará até o estado da Bahia e Minas Gerais. De coloração azul-clara; Cyanoloxia brissonii sterea (Oberholser, 1901), no leste do Paraguai até o leste e sul do Brasil e nordeste da Argentina. É um pouco menor e sua cor é um azul mais escuro que a forma nominal.
É encontrado em áreas com água abundante na beira de pântanos, grotas, brejos, florestas ralas, matas secundárias espessas e plantações. Territorialista, é dificil vê-lo em bando. Se existe um casal em certa localização, só será possível encontrar outro casal a certa distância. Os filhotes ficam com os pais até certo tempo, depois já partem para uma vida “independente”, pois o instinto territorialista do Azulão não o deixará ficar por perto após estar na fase adulta. Assim, o filhote terá que achar seu próprio território e sua parceria para acasalamento. Se um macho invade o território de outro, com certeza haverá um conflito, e será bem violento. Por isso existe certo respeito entre as aves e seus territórios, mas sempre há aquele mais valente que, por território ou por uma fêmea, entrará em conflito e conquistará o desejado.
A alimentação é bem variada, sobretudo de sementes, frutas e insetos. A reprodução ocorre entre setembro e fevereiro, quando constrói um ninho não muito longe do solo e cada ninhada geralmente tem entre 2 e 3 ovos, tendo de 3 a 4 ninhadas por temporada. Os filhotes nascem entre 13 e 15 dias após a fêmea botar os ovos.
* Fonte e foto: Wikiaves.com.br.