TEXTO: MURILO CORREIA DA COSTA (1976)
Patos de Minas está se tornando uma cidade cruel para as crianças, principalmente. Na área central da cidade não há um local destinado às crianças onde elas possam correr, chutar uma bola, brincar, viver enfim. Recentemente, uma das últimas áreas de lazer para a meninada foi transformada em bonito e florido jardim canteiros com lindas rosas, etc. e tal, mas e as crianças. Onde vão brincar? Ou as crianças merecem menos atenção? O nosso mais sofisticado bairro não tem uma praça nem um campo onde os meninos e meninas possam brincar livres e sem receios de serem alcançadas por um dos nossos Laudas caboclos. Provavelmente essa observação cairá no vazio mas, não vamos parar de reclamar porque é honesta e sincera a nossa crítica. O que não vamos fazer é entrar naquele famoso cordão dos…
Os abusos continuam em nossas ruas, por parte dos condutores de veículos de duas ou de quatro rodas. Muitos não querem nem saber se há sinais, se há contramão, se há vias preferenciais, nada, nada. Todos porém, reclamam contra a presença dos meninos brincando nas ruas o que, aliás, representa perigo mortal. E daí? Bom, daí vamos cair no item anterior: os meninos não têm onde brincar e vão para a rua e, não raro, um é atropelado pelos que correm demais com seus veículos. Parece um círculo vicioso, mas não é bem isso. Aos condutores de veículos pedimos que tenham cuidado e às autoridades municipais que reservem áreas verdes onde crianças e velhos possam passar alguns momentos em paz e sem perigo.
* Fonte: Texto publicado na edição de 21 de agosto de 1976 do jornal Correio de Patos na coluna “Pinga Fogo”, do arquivo do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão de História (LEPEH) do Unipam.
* Foto: Blogs.diariodepernanbuco.com, meramente ilustrativa.