BAILE DE INAUGURAÇÃO DA RÁDIO CLUBE DE PATOS

Postado por e arquivado em HISTÓRIA.

No amplo salão de festas do edifício S. Bento, o bom gosto de Loidi Ribeiro e o senso artístico de Alceu Amorim, chefes de uma comissão de gentis senhoritas, organizaram para a noite de 29 do mês passado grandioso baile para o qual os promotores das festas com que a cidade solenizou a inauguração da Rádio Clube de Patos mobilizaram os mais destacados elementos de nossa sociedade. Patos social esteve presente “au grand complet”. Entre a multidão elegante, notava-se o Prefeito Clarimundo Fonseca e suas gentilíssimas filhas. Em sua “allure” de grande dama a Sra. Adélio Maciel, era o centro de um grupo onde palestravam a Sra. Klaus Rudolph, o advogado Ernani Lemos e a Sra. Erasmo Maciel. A orquestra da Rádio Inconfidência, de Belo Horizonte, animava as danças com seus números de música americana, executados com muito brilho e entusiasmo. Pela sala repleta notava-se a Sra. José Tomaz, “en blanche” muito elegante; a Sra. Moacir Machado, “em noir”, modelo gracioso da era vitoriana; a Sra. Ernani Lemos, em elegante “toilete” negra; a Sra. Jacques Corrêa, “en blanche” sumamente “chic”; a Sra. Armando Magalhães, “en bleu” , a Sra. José Olimpio Borges, “en blanche” de muita graça, a Sra. Rasmo Rocha, elegantíssima; a Sra. Geraldo Rezende, “en noir” muito elegante; a Sra. Marta Caixeta, linda em seu amplo vestido branco; a Sra. Hugo de Souza, a Sra. Fernando Caixeta e a Sra. Antônio Caixeta, eram das que mais animavam a festa; a Prof. Srta. Madalena Melo, em veludo negro; e entre o gracioso grupo de moças que dançavam via-se Loidi Ribeiro, em gaze multicolor; Mariza Ferreira, de branco; Elza Maciel, de branco muito “chic”, Diná Magalhães, “en tafetá blanche”; Dália de Melo, a mais linda do baile; Adalgiza Beluco, “en lilás”; Enaura Souza, muito graciosa, em amarelo; Ivone Magalhães, “en vert”; Galdina Corrêa, “trés chic” e mais um lindo punhado de moças bonitas que faziam o velho Dr. Eufrásio recitar versos românticos e dizer que a La Conga moderna, importada de fora, nada mais era que o “sabiazinho” que ele dançara nos já distantes dias de sua juventude.

Ao lado deste grupo elegante, em rude contraste, alguns rapazes exibiam sapatões americanos e mastigavam “chiclets” numa demonstração de mau gosto.

* Fonte: Texto publicado na edição de 07 de dezembro de 1941 do jornal Folha de Patos, do arquivo do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão de História  (LEPEH) do Unipam.

* Foto: Rádio Clube – Setenta Anos e Suas Histórias, de Adamar Gomes.

Compartilhe