DO TRÂNSITO À SUNAB EM 1976

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TEXTO: MURILO CORREA DA COSTA (1976)

Vamos, desta feita, abordar diferentes assuntos, numa espécie de radiografia de nossa cidade. É claro que quando se leva um paciente ao Raio X, a intenção é localizar tecido doente ou anormal. Patos está iniciando arrancada decisiva e é indispensável que a administração municipal faça o diagnóstico dos problemas antes que eles tomem dimensões tais que tornem o prognóstico sombrio.

Para começar, vamos a um problema ou a uma doença séria que aí está diante de todos nós: trata-se do trânsito com todas as suas implicações. O que está ocorrendo em nossa cidade é algo assustador; em poucos dias cinco vidas foram ceifadas em acidentes de trânsito. É fora de dúvida que estamos com deficiência de tudo em matéria de trânsito: sinalização defeituosa em todas as suas modalidades; policiamento insuficiente e, sobretudo, falta de preparo técnico e falta de educação por parte dos condutores de veículos. Algo de muito sério tem que ser feito sem tardança, digamos uma cirurgia radical antes que o número de vítimas aumente dando trabalho aos ortopedistas e aos cirurgiões.

Outro problema que está saltando aos olhos de todos é o da iluminação, digo, da ausência de iluminação em ruas quase centrais como acontece com a Rua Alfredo Borges, com a Rua da Mata, com a Rua Tupis e várias outras do Bairro Aurélio Caixeta. Os moradores destas ruas ainda acreditam, e com razão, que o Dr. Waldemar haverá de socorrê-los e estamos convencidos de que não ficarão decepcionados.

O terrível problema da Vila Garcia continua desafiando o Poder Público Municipal. O Governo Federal prometeu substancial ajuda para a erradicação daquela chaga, mas, até agora, nada de positivo. O atual Governo faz questão de proclamar que o povo não mais precisa pedir favores; o povo exige e o Governo atende, dentro das possibilidades, é claro. Então, vamos exigir?

Meus caros, e a COPASA? Pois é, a COPASA aí está entre acertos e desacertos, arbitrária e ditatorial, pretendendo-se colocar-se acima de tudo e de todos. Até parece que estamos recebendo o melhor serviço do mundo e de graça. Vamos tratar o consumidor com mais consideração e urbanidade? Não é um favor, senhores da COPASA, é obrigação. Mirem-se no espelho ou no exemplo da CEMIG.

Meus amigos, o Bairro Guanabara é uma jóia: ruas largas, bem iluminadas, lindas e luxuosas residências, etc. e tal. Mas é engraçado, a maioria das ruas não têm nome. Não se vê nas esquinas placas indicativas com os nomes das ruas de tal forma que, quem não conhece bem o bairro fica meio vendido sem saber onde está. Sabemos que há lá ruas com três nomes, mas só no papel. Vamos colocar as placas? Com um nome, é claro. Também ouvimos dizer que estão pretendendo construir edifícios de apartamentos no bairro Guanabara. Será possível?

E a malfadada SUNAB? Por onde anda a madrasta?

* Fonte: Texto publicado na edição de 15 de junho de 1976 na coluna “Pinga Fogo” do jornal Correio de Patos, do arquivo do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão de História (LEPEH) do Unipam.

* Foto: Blogdacidadania.com.

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