FOFOCAS DE 1979 − 2

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TRÂNSITO − Basta aparecer um carro com chapa de fora e a polícia acha que é obrigada a cercar. E lá vai o apito, que dá aquela gastura danada. Será que há necessidade disto? Como isto não se vê nas outras cidades? Não quero enfiar o nariz neste problema, mas julgo que, se a polícia quer trabalho, há tanta coisa no trânsito a ser fiscalizada! Correria fora de série (e nessa não existe um policial para ver os playboys fazerem curva numa roda só). Contra-mãos desrespeitadas. Estacionamento relaxado, Bicicletas zanzando por cima dos passeios, etc. Não digo que a polícia vá multando tudo, mas educando o trânsito. É tão bonito uma cidade onde o povo sabe respeitar as leis e os policiais e os policiais respeitar o povo!

BICICLETAS E ENTREGADEIRAS − Já que tocamos no assunto de bicicletas em cima do passeio, vamos entrar em cheio nele. Aqui em Patos há o péssimo costume de se transitar montado em bicicletas sobre o passeio. E não se pode dizer nada se não o palavrão sai. E aí, então, é canela contundida, é unha que vira farelo. O melhor mesmo é sair na rua de bicicleta: tem-se todos os direitos e não se está obrigado a nada. Bicicleta não paga imposto. Pode andar de contra-mão à vontade. Pode subir nos passeios e estacionar onde e como quiser. Não está sujeita ao problema angustiante do petróleo ou alcool.

ALTO-FALANTES − Eu gostaria de saber se existe alguma lei que regulamenta essa história de alto falantes nas ruas e fixos em residências ou prédios públicos. Por exemplo, a nossa “belíssima” rodoviária (verdadeiro cartão de visita da cidade!), atualmente está sonora e altamente sonora, com a guela aberta. É uma barbaridade. E nas ruas? Será que não existe lei para isto? Parece-me que existe uma tal de lei n.º 7.302 que regulamenta tudo isto, proibindo esta poluição sonora onde quer que seja. Mas, não se esqueçam que esta é a terra do Kubu! Realmente a lei n.º 7.302 de 21 de julho de 1978, no seu Art. 2.º§3.º, proíbe o uso e abuso de alto falantes-volantes nas vias públicas ou mesmo fixos. Se esta é a lei, porque não se cumpre?

A nossa Prefeitura Municipal vai dar uma verba de $25 mil para o nosso redivivo Aero-Clube. Enquanto isso a nossa nova rodoviária está ali assombrando os transeuntes e moradores vizinhos, desafiando a finada Demipa e matando de raiva os japoneses que foram desalojados de suas hortinhas. Para não se falar das ruas… Por exemplo, reclamam os moradores da Rua Amadeu Maciel e adjacências. Quem te viu que te veja!

IMAX − Temos aqui em Patos uma indústria de pré-moldados, de cimento, que faz de tudo e não inveja outras cidades. Pois bem. Quando a Prefeitura de Patos, na administração passada, quis equipar nossos “jardins” e praças com bancos, num acinte à nossa indústria mirrada, num desprestígio e falta de apoio à nossa Imax, que há longos anos vem lutando no ramo, fez a encomenda em “Patos-cínio”. Parabéns!

FM − Vem mesmo por aí. Já deve estar na Catiara aguardando transporte. Estou maluquinho, da “muléstia”, pra ver isso funcionar.

* Fonte: Edição de 18 de agosto de 1979 do jornal Boletim Informativo, do arquivo do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão de História (LEPEH) do Unipam.

* Foto: Cygnuscosmeticos.com, meramente ilustrativa.

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