Enterrar ossos é um vestígio do passado pré-histórico do cão, quando ele guardava comida para dias de penúria. Todos os cães têm potencial para enterrar ossos, mas poucos realizam sua ambição.
Muitos cães veem ossos apenas no prato de comida das pessoas. Eles nunca os ganharam por causa do perigo, provável mas às vezes exagerado, que eles apresentam. Osso engolido pode produzir constipação e até mesmo um bloqueio intestinal completo, que só pode ser liberado por meio de cirurgia. Os anseios de enterrar ossos ainda persistem nos cães. Em geral, então, eles enterram petiscos e biscoitos para cachorro em vez de ossos. Quando não há jardim disponível, tentam enterrar objetos em tapetes, principalmente em cantos, e procuram, de maneira frustrada, cobrir os objetos “enterrados” empurrando o tapete com o focinho.
Cães que vivem em jardins enterrarão objetos mais simbolicamente do que na prática, pois muitas vezes se esquecem dos objetos enterrados e nunca os desenterram. Alguns cães enterrarão gatos ou ratos que mataram, para deixá-los maturar. Animais caninos selvagens, como as raposas, enterram ovos de pássaros e posteriormente os desenterram e comem. Enterrar comida a protege de outros que também procuram comida e fornece uma despensa para tempos de necessidade. Pelo fato de os cães terem vivido da comida distribuída pelos humanos há tanto tempo, enterrar ossos tornou-se uma atividade mais simbólica do que prática.
* Fonte: 100 Perguntas Que Seu Cão Faria ao Veterinário (se ele pudesse falar…), de Bruce Fogle.
* Foto: Super.abril.com.br, meramente ilustrativa.