DOENÇAS RESPIRATÓRIAS EM ROEDORES DE COMPANHIA

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Os roedores já há algum tempo vem despertando interesse e sendo adotados como animais de companhia. Camundongos, ratos, hamsters, gerbilos, porquinhos-da-índia e chinchilas são os principais membros da ordem Rodentia atendidos por nossa equipe nas clínicas parceiras, onde prestamos serviços nas áreas de manejo, clínica e cirurgia.

As doenças respiratórias são extremamente comuns em roedores de estimação, sendo a causa mais comum de atendimento na rotina, principalmente com a chegada do inverno e com ele o frio, tempo seco, a menor dispersão dos poluentes e a piora na qualidade do ar.

Alguns fatores predisponentes são fundamentais para o estabelecimento das afecções respiratórias como superpopulação, má ventilação, deficiência nutricional, mudanças na temperatura e umidade, ambientes empoeirados, sujos, com fumaça e com excesso de amônia proveniente de substrato com urina.

Algumas bactérias são habitantes normais das vias respiratórias dos roedores, e em situações de estresse podem se proliferar e causar doença. Também podem apresentar quadro de alergia com sinais como espirros e conjuntivite, proveniente de irritação das vias respiratórias pelos componentes do substrato e alimentos contaminados.

O substrato deve ser trocado com frequência, assim como os alimentos não consumidos, afim de evitar contaminação. Outros inalantes também devem ser evitados como cigarro, desinfetantes, sprays e perfumes. Se houver mais de um animal no local ou se for um plantel, e um ou poucos são afetados, é um indicativo de que a condição não é contagiosa.

Animais com problemas dentários e possíveis infecções decorrentes podem apresentar disseminação bacteriana pela ingestão e inalação constante de microrganismos, ocasionando pneumonia.

Como devemos agir no local do problema, uma nebulização com as corretas medicações se faz necessária, e geralmente apresenta bons resultados, com os animais aceitando espontaneamente e se sentindo melhor após a inalação. Proporcionar bem-estar, manter o paciente aquecido, em ambiente tranquilo, sem estresse e melhorar as condições de higiene são medidas fundamentais para a recuperação.

Ao observar sinais como espirros, secreções nasal ou ocular, dificuldade respiratória e até perda de pelo, procurar ajuda de um médico veterinário que saiba reconhecer as espécies, o manejo e as doenças que acometem os roedores.

* Fonte: Bichovivoconsultoria.com.br (Dr. Pablo de Oliveira Silva).

* Foto: Hamster, em jornalbomdia.com.br.

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