É um cão antigo de alguns séculos, pois já aparece numa pintura de Van Dyck, no começo do século XVII. Há opiniões controvertidas quanto a origem da raça: alguns afirmam tratar-se de um fenômeno de albinismo ocorrido com os velhos Bracos alemães; outros querem que seja fruto de cruzamentos propiciados pelo grão-duque Carlos Augusto de Weimar entre um Braco e um Pointer amarelo especial. Em uma publicação de 1972, Klaus Hartmann (regulador da reprodução de Weimaraner de 1963 a 1975) chegou à conclusão de que este cachorro descende do Leithunde cinza da realeza francesa Hirschmeuten do século XVII. Em outra teoria, a raça atual descende do cachorro de São Humberto, um cachorro robusto de caça que recebeu esse nome dos monges que residiam no monastério beneditino de San Humberto, nas montanhas das Ardenas. Depois do Scottish Terrier de Roosevelt, ele foi o segundo cão a entrar na Casa Branca, junto com seu proprietário, o presidente Eisenhower.
É um cão de porte médio-pesado e de belas formas, com uma altura de 59-70 cm nos machos e 57-65 nas fêmeas; cabeça larga e seca; nariz rosado escuro; focinho longo e forte; olhos de cor âmbar; orelhas largas e compridas, com ponta enrolada; pernas longas e musculosas; cauda com aproximadamente 15 cm; pelo curto, macio e brilhante, de cor cinza, com cabeça e orelhas mais claras.
O Weimaraner atual segue possuindo muitos traços que o fizeram uma lenda durante as caças antigas. Tem uma grande resistência e uma paixão especial para rastrear e farejar. Em um campo não é um grande corredor e alguns teóricos dizem que é assim por ele gostar tanto de seu dono que prefere ficar por perto. Isso é verdade, pois os Weimaraners são extremamente leais e podem se mostrar muito protetores com seus donos, família e propriedade. Sempre querem agradar e irão seguir comandos, mas eles também têm necessidades e exigências que devem ser satisfeitas para a relação funcionar. Por ser uma raça muito ativa, necessita fazer muito exercício. Recomenda-se longos passeios e brincar com ele em um jardim onde possa correr. São também valentes e obedientes, obstinados e cheios de energia, qualidades que não os fazem adequados para donos inexperientes. Como foi criado como cão de caça de aves e animais menores, pode ser perigoso para os pássaros, gatos e cachorros pequenos.
A natureza movimentada do Weimaraner requer um adestramento para obediência constante. O ideal é que se inicie o mais rápido, para controlar sua movimentação. Os cursos para cachorros e os exercícios de controle são essenciais para ensiná-los que devem respeitar e obedecer todos os membros da família. O adestramento deve ser firme, mas amável, uma vez que é uma raça sensível e o tratamento severo iria contra sua boa disposição e espírito. A maioria deles irá latir para alertar seus donos se algum estranho ou qualquer outra coisa que acreditem ser uma ameaça estiver por perto. Se o deixar sozinho por muito tempo, pode latir sem parar e adquirir uma conduta destrutiva. Mesmo sendo um cão de caça, esta raça é muito ligada às pessoas e necessita de sua atenção e afeto. É basicamente um cão caseiro e não será feliz se o fechar em um canil ou algum lugar fora da casa. Necessita de segurança em sua relação com o dono. Precisa fazer muito exercício e deve ser controlado para evitar que saia em busca de caça. Quem não estiver disposto a passar esse tempo com o cachorro deveria pensar em outra raça.
Fontes: Todos os Cães, de Gino Pugnetti, e cachorrogato.com.br.
* Foto: Mundoanimal.net.br.