O Axolote (Ambystoma mexicanum) é uma salamandra, um anfíbio. É nativo dos Lagos Xochimilco e Chalco, ambos localizados no México. Infelizmente, é cada vez mais raro encontrar populações selvagens por causa da destruição sistemática de seu habitat pela ação do homem. Geralmente, todos os animais vendidos no comércio são, portanto, de reprodução. Ele tem uma propriedade diferenciada conhecida como neotenia, que é atingir a maturidade sexual sem passar pelo estágio de metamorfose. Em suma, ele pode passar toda a sua vida e se reproduzir no estado larval sem nunca chegar ao estágio adulto. Outra característica é a sua capacidade de regenerar partes danificadas do corpo, como patas, cauda, olhos e até mesmo parte do cérebro. Não admira que se tenha tornado tão popular no mundo do Aquarismo. Pode alcançar até 35 cm de comprimento e a expectativa de vida é de 15 a 20 anos.
É um animal solitário e não sofrerá se ficar sozinho. No entanto, viver com um semelhante pode ajudá-lo a manter uma vida mais tranquila. Um aquário de 120 litros específico para a espécie é o recomendado. Alguns peixes pequenos são usados como alimento, porém os maiores podem querer “comer” as brânquias dos axolotes, que podem desencadear infecções repetidas. Algumas pessoas costumam manter axolotes com guppies, paulistinha e até mesmo platys. Esteja ciente, porém, de que alguns desaparecerão de tempos em tempos. O recomendado mesmo é que fiquem com seus congêneres. No entanto, tenha cuidado com a diferença de tamanho entre os indivíduos da mesma espécie, não deve ultrapassar 5 cm. Como produzem uma quantidade considerável de detritos, é fundamental providenciar uma ótima filtragem biológica e mecânica. Parâmetros ideais: pH − entre 6.5-8.0; dureza da Água − entre 6°-17° dH; temperatura ideal: entre 16°C – 18°C. Como ele tem o hábito de abocanhar o substrato, evite cascalhos, raízes excessivamente salientes, pedras pontiagudas, bolas de gude, seixos, porque ele pode tentar engoli-los inadvertidamente e isso pode causar sérios problemas de saúde. Escolha um tipo de areia fina, se possível de cor escura ou natural.
É genuinamente carnívoro. O alimento deve ter tamanho suficiente para ser engolido inteiro. Por não possuir dentes cortantes, o alimento deve ser macio, como minhocas, larvas de insetos e bloodworms¹. Rações para carnívoros podem ser tentadas, sendo mundo importante que afundem, pois ele prefere alimento no fundo do aquário. É um animal noturno. Além disso, você poderá observar maior atividade ao nascer e ao pôr do sol. Vive principalmente no fundo do aquário. Se um deles permanecer constantemente na superfície, é um sinal de perigo.
A reprodução é muito fácil e não requer intervenção do aquarista. Os axolotes se tornam sexualmente ativos a partir de um ano ou quando atingem cerca de 20 cm. No geral, a fêmea é mais “larga” do que o macho. A atividade sexual é noturna e bem discreta. A fecundação interna é realizada por meio de um espermatóforo colocado pelo macho sobre uma rocha ou mesmo sobre a areia. O espermatóforo é absorvido pela cloaca da fêmea. Sob os efeitos de uma contorção do corpo, a fêmea deposita os ovos. A desova pode variar de 100 a 1500 ovos, com uma média de 300. A incubação dura cerca de 14 dias. Esses pequenos animais serão adultos aos 18/24 meses de idade. Não se esqueça de fornecer muitos esconderijos, pois se sentirão mais seguros se tiverem um local onde ficar abrigado.
* 1: São larvas de um inseto da Ordem Diptera e pertencem à maior família de insetos aquáticos, a Chironomidae. Seu gênero é o Chironomus e sua principal característica é a sua coloração vermelha devido à presença do pigmento de hemoglobina, uma proteína com íons de ferro na sua constituição que originou o seu nome popular em inglês.
* Fontes: Aquaa3.com.br e myaquarium.com.br.
* Foto: Fciencias.com.