O Hamster Sírio (Mesocricetus auratus) é um mamífero notívago da ordem dos roedores, família Cricetinae, de habitat natural do deserto da Síria. Apesar de resistentes às condições climáticas, vive no máximo 2 anos, mas no caso dos domesticados, estes podem chegar aos 5 anos, pois não passam por situações tão adversas. É uma espécie ameaçada por causa da insalubridade onde vivem naturalmente e porque os sírios os consideram uma praga na agricultura. Felizmente, quanto a exemplares em cativeiro, já não há este perigo.
É um Hamster de tamanho mediano, com alguns exemplares podendo alcançar 17 cm de comprimento. O peso pode chegar a 125 gramas e a cauda até um centímetro e meio. São várias as cores, no entanto é sem dúvida o de pelo dourado o mais característico desta espécie, e provavelmente a coloração mais bonita. São seres solitários e territoriais ao mesmo tempo, por isso deve-se evitar mais de um em uma gaiola.
São brincalhões, dóceis e precisam de ao menos de uma rodinha para gastarem suas energias. Na natureza percorrem vários quilômetros na busca de alimento. Portanto, precisam de atividade física para terem boa saúde. Preferem viver de forma solitária e independente. Não devem ser mantidos juntos numa mesma gaiola, porque brigam de forma muita agressiva (exceto quando pequenos) e, na natureza só se encontram pacificamente para a reprodução. Cada animalzinho deve ter a sua própria gaiola e distante de qualquer outra, pois detectam a presença de outro animal pelo sensível olfato.
São animais noturnos, suas atividades começam normalmente à noite, permanecendo até o início da manhã. Portanto, deve-se evitar acordá-los de dia, embora eles mesmos possuem alguns hábitos diurnos rápidos, como arrumar o ninho, fazer xixi, e levar alimento para a sua toca. Dificilmente emitem algum som. Possuem audição sensível, mas não enxergam bem, são míopes, independente do horário, identificam os alimentos e objetos normalmente pelo cheiro. Se as mãos do dono estiverem com cheiro de comida ele poderá se enganar e dar uma pequena mordida, portanto deve-se ter o cuidado de manuseá-los com as mãos limpas.
Não necessitam de banhos porque se banham com sua própria saliva. Suas fezes se parecem muito como se fossem aqueles chocolatinhos de brigadeiro. Somente a urina tem cheiro relativamente forte, mas com material vendido em casas especializadas, pode-se amenizar facilmente esse odor. A limpeza da gaiola somente é necessária uma vez por semana. Quanto menos mudanças ocorrer, menos stress e doenças. Para a montagem da gaiola com seus apetrechos adequados, é recomendável se informar numa loja especializada¹.
A alimentação é feita com ração própria, extrusada, que ajuda no desgaste dos dentes. Mix de sementes não deve ser dado constantemente, e sim como petisco. Por não precisarem de uma atenção constante, pode-se viajar até por uma semana, pois se tiverem alimento e água suficiente, conseguirão facilmente sobreviver. Precisam esporadicamente de proteína animal, como ovo cozido (sem tempero), queijo fresco/ricota, frango cozido (sem tempero) e tenébrio, podendo ser fornecidos a cada 15 dias como uma refeição especial. Podem comer maçã, morango, pera, uva, caqui, banana, caju, pêssego, frutas secas não cítricas, repolho, couve, couve-flor, brócolis, pepino, espinafre, vagem, acelga, chicória, cenoura, quiabo, nabo, abóbora, semente de girassol, alpiste, farelo de aveia, ervilha, noz, amendoim, castanhas e passas. Não devem comer alface, frutas cítricas (laranja, abacaxi, limão, acerola, etc.), carne crua, abacate, figo, ameixa, flores, cebola, cebolinha, alho, ração de coelho (contém hormônios), salgados, chocolate e frituras em geral.
O tempo de gestação é por volta de 2 semanas, e a cada ninhada, podem nascer entre quatro a dez filhotes. Ao nascimento dos filhotes, as fêmeas comem a placenta. Os machos podem engravidar entre seis e sete fêmeas por dia. As fêmeas podem comer os filhotes que nascerem defeituosos, mantendo assim a saúde e maior possibilidade de sobrevivência do resto da ninhada. A partir dos 5 meses de idade, já estão aptos a reproduzir. Pode-se distinguir um macho de uma fêmea olhando para a região da cauda. O macho quando bem jovem possui dois pontos de rosados equidistantes da linha central do corpo. Quando adultos os machos possuem as gônadas bastante visíveis, com cerca de 1 cm, facilmente identificáveis. As fêmeas normalmente são mais ariscas e maiores que os machos.
* 1: Leia “Hamster”.
* Fontes: Hamsters.animais.info e Wikipédia.
* Foto: Noticias.uol.com.br.