A Colisa é um ótimo peixe para se ter num aquário, pois além de ser pacífica se dá perfeitamente bem com peixes menores que ela. Muito indicada para iniciantes, por ser resistente e pouco exigente quanto à água, pode ser encontrada com grande facilidade, principalmente a Colisa lalia, mas outras espécies também podem ser encontradas: Colisa Lália Sangue, Colisa Cobalto, Colisa Chuna, Colisa Labiosa e Colisa Fasciatus. Todas elas possuem hábitos e preferências parecidas, sendo que o que as diferencia são as cores e o tamanho que atingem.
A Colisa Lália é a mais colorida de todas. Os machos são encontrados em duas cores: o mais comum é o listrado de vermelho e azul e a outra é a variedade sangue, onde o peixe é quase todo vermelho com alguns detalhes azuis na nadadeira dorsal. Já as fêmeas são sempre brancas e desbotadas. Alcançam 6 cm em média. A Colisa Chuna é considerada por muitos como a mais sensível de todas, raramente ultrapassa os 4,5cm. O macho é vermelho com uma mancha preta que vai da cabeça até a nadadeira anal e a fêmea possui um tom desbotado de amarelo. É raramente encontrada nas lojas. A Colisa Cobalto tem se tornado cada vez mais popular pela sua cor fascinante, um azul que encanta os olhos de qualquer um. Ambos os sexos possuem a mesma coloração, sendo a fêmea um pouco desbotada em relação ao macho. Em exemplares adultos, as nadadeiras dorsal e anal do macho são mais pontiagudas e a da fêmea é mais arredondada. Raramente ultrapassam os 5 cm. Muitos aquaristas dizem que sua coloração é artificial, que é um peixe “tingido”, o que não é verdade, apesar de ser difícil de acreditar. Temos ainda as Colisas Labiosa e Fasciata que possuem uma certa semelhança com a Lália mas seu colorido não é tão intenso, além de alcançarem maiores proporções, 10 e 12 cm respectivamente.
Como os demais anabantídeos, a Colisa consegue respirar o ar atmosférico devido à existência de um órgão chamado labirinto, por isso podem habitar águas pouco oxigenadas. A preferência delas é por um aquário densamente plantado, incluindo plantas de superfície, que facilitam a construção do ninho, o que é impossível em águas agitadas. Podem se tornar tímidas e assustadas em aquários “pelados”. O pH pode variar desde 6,5 a 7,5, mas em um pH levemente ácido desenvolvem uma coloração mais intensa. A temperatura deve estar em torno de 26ºC.
A reprodução é bem parecida com a da maioria dos anabantídeos. Separe o casal num aquário de no mínimo 20 litros, com uma coluna d’água de uns 12 cm , o aquário deve ficar tampado para manter o ar úmido e aumentar a consistência do ninho de bolhas que será construído pelo macho. Plantas são bem vindas principalmente as de superfície. O macho começará a cortejar a fêmea, que com abraços dele, vai liberando os ovos, sendo imediatamente fertilizados pelo companheiro. Terminada essa etapa, o macho pega os ovos com a boca e os acomoda no ninho. Nesse período deve-se retirar a fêmea, pois os filhotes ficarão sobre os cuidados do dedicado pai. Normalmente os ovos eclodem em 24 horas, e passam uns 3 dias ainda no ninho, somente sendo necessário retirar o pai, quando eles começarem a nadar pelo aquário, pois é quando ele começa a devorar a prole. Faça trocas parciais de 20% semanalmente e mantenha um bomba aeradora bem fraca no aquário dos filhotes, pois o labirinto só estará formado na sexta semana de vida. Até lá mantenha o aquário fechado e com controle de temperatura. Vá subindo o nível de água a partir dessa semana. Como alimento para os filhotes, forneça náuplios de artêmia, infusórios e rações especiais pra filhotes de ovíparos. Aos adultos poderá fornecer ração industrializada, alimento vivo e espinafre cozido, entre outros.
* Fonte: Texto de Marne Campos, em aquaonline.com.br.
* Foto: Colisa laila, em produto.mercadolivre.com.br.