Esta é a única forma de doença de pele sem nenhuma causa física conhecida. Labradores despreocupados e calmos pastores alemães deliciam-se com esse tipo de comportamento compulsivo.

Cães que agem desse modo lambem apenas certos pontos, quase invariavelmente a última junta das patas dianteiras. Quando um cão está deitado na posição de esfinge, esse é de fato o lugar mais fácil de ele lamber. Na verdade, o cão começa com uma lambida simples de toalete, mas aí continua lambendo. Algumas vezes lambe durante tanto tempo que fica cansado e dorme com a língua esticada, na posição de lambida. Depois de algumas semanas de lambida, a pele fica com uma cor de mogno e o pelo desaparece. A pele espessa-se e finalmente rompe até o tecido subjacente. Agora a região tem gosto salgado e é muito mais interessante, então as lambidas tornam-se ainda mais obsessivas. Sem a ajuda das pessoas, se lhe for permitido, ele lamberá até o osso.

Inicialmente essa é uma doença mais psicológica do que física e é parecida com uma condição humana chamada de doença obsessiva compulsiva. As pessoas podem tentar passar algo com sabor desagradável sobre a área lambida. Esse recurso, porém, não funciona com a maioria dos cães. Se for necessária medicação, o problema frequentemente responde a drogas usadas para o tratamento da doença obsessiva compulsiva; além disso, o prejuízo da pele tem que ser reparado completamente, senão quando o tratamento terminar eles voltarão a lamber.

* Fonte: 100 Perguntas Que Seu Cão Faria ao Veterinário (se ele pudesse falar…), de Bruce Fogle.

* Foto: Adestramento-para-caes.com.