PRAÇA JOSÉ RODRIGUES SOBRINHO E A TRAPALHADA DO PODER PÚBLICO

Postado por e arquivado em 2019, DÉCADA DE 2010, FOTOS.

Com a urbanização do Bairro Guanabara surgiu um pequeno espaço público triangular que até 02 de junho de 1995 era conhecido como Praça A. A partir dessa data, a Lei n.º 3.935 alterou seu nome, assim determinado em seu Artigo 1.º: Fica denominada de Praça “José Rodrigues Sobrinho” a Praça “A”, localizada entre as ruas São Geraldo, Ildefonso Bernardes e rua A, setor 13, Bairro Guanabara.  A Rua Ildefonso Bernardes é a da esquerda que chega à praça. Como é comum nas denominações, não há continuidade de nome, e descendo (foco da visão), num passe de mágica política, ela muda de nome para São Geraldo. O ínfimo pedaço de espaço à direita, antes considerado Rua A, é um caso pitoresco da mágica política. Isso porque, até 17 de novembro de 2000, uma rua do Bairro Jardim Peluzzo tinha o nome de Escorpião. Veio então a Lei n.º 4.939 e mudou seu nome para Tiana do Bé. Sabe-se lá o que aconteceu, se foi arrependimento ou não, a mágica política voltou atrás e através da Lei n.º 5.029, de 04 de junho de 2001, tirou o Tiana do Bé da ex-Rua Escorpião e a ex-Rua Escorpião voltou a ser Rua Escorpião através da Lei n.º 5.030 do mesmo dia de 04 de junho de 2001. Agora, o que fazer com o nome Tiana do Bé? Voltando àquele ínfimo pedaço de espaço à direita da foto, a então Rua A, a mágica política lascou o nome nele de… Tiana do Bé, através da Lei n.º 5.049 de 02 de julho de 2001. E para fechar a trapalhada política, ao especificar a localização da praça, esqueceram de citar a rua de cima da foto, a Vereador Zé Mota. A propósito, a patense Sebastiana Silveira da Rocha (20/01/1929-01/05/1999), a Tiana do Bé, foi doméstica e costureira. E o homenageado da praça, José Rodrigues Sobrinho (06/06/1916-11/08/1992) nascido em São Jerônimo dos Poços (São Gotardo), foi agenciador, lavrador e garimpeiro.

* Texto e foto (22/12/2019): Eitel Teixeira Dannemann.

* Fontes: Câmara Municipal de Patos de Minas (Leis) e Logradouros Públicos de Patos de Minas, de Júlio César Resende (sobre os homenageados).

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