TEXTO: JORNAL O COMMERCIO (1911)
Em o nosso numero passado, falamos sobre a necessidade urgente do Governo do Estado tomar serias e immediatas providencias, no sentido de melhorar a situação tristissima dos infelizes encarcerados, melhorando o predio em que se acham recolhidos, nesta Cidade.
Hoje viemos falar sobre um outro melhoramento, tambem de grande necessidade: o concerto do predio em que funcionam as nossas escholas do sexo masculino.
Esses concertos não são grandes, e por isso mesmo o nosso patriotico Governo Estadoal não demorará, por certo, fazel-o.
A sala em que funcciona a eschola da 2.ª cadeira, é escura e bastante acanhada; elém d’isto, só tem a metade forrada, não tem vidraças e as paredes estragadas precisam de retoques, estando uma d’ellas escorada, para não cair.
A em que funcciona a eschola da 1.ª cadeira é bem espaçosa, arejada e clara; porém, necessita reparos nas paredes e de vidraças nas janellas.
Achamos prudente, pois, que o Governo mande examinar o predio, e trate, sem demora, dos necessarios concertos.
− Póde-se dizer que é nulla a mobilia de nossas escholas: uma meia duzia de bancos toscos e remendados e… nada mais.
Estamos informados que o Governo Estadoal mandou para aqui uma mobilia melhor, dependendo da Camara Municipal fazer as despesas de transporte da mesma; e como esta (não sabemos si com razão ou sem ella) não quizesse fazer as taes despesas, ficou a mobilia depositada em uma casa em S. Gothardo, isto ha bem mais de um anno.
Attendendo a necessidade que temos de melhorar as nossas escholas, pedimos insistentemente ao nosso Governo Municipal que, mesmo com algum sacrificiosinho, faça as taes despesas, prestando assim um grande beneficio, traga até nossas escholas a mobilia que lhes foi offerecida pelo Governo do Estado.
Dos Governos Estadoal e Municipal esperamos, em breve, esses grandes melhoramentos.
Avante! Em beneficio da sociedade!…
Voltaremos ao assumpto, si for preciso.
* Fonte: Texto publicado na coluna Melhoramentos com o título “Aos Governos Estadoal e Municipal” da edição de 20 de janeiro de 1911 do jornal O Commercio, do arquivo da Hemeroteca Digital do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba, via Altamir Fernandes.
* Foto: Germinai.wordpress.com, meramente ilustrativa.