PATOS NO MUNDO DAS ESCOLAS

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ATEXTO: I. AISINA (1967)

Patos cresce, Patos desenvolve-se. Patos agiganta-se!

O número de suas escolas multiplica-se e, para nós que nos ausentamos dessa querida e formosa terra por algum tempo, é um prazer e uma surpresa constatar o interêsse do patense pelo desenvolvimento cultural.

Colégio Normal Oficial, Colégio Normal Na. Sra. das Graças, Colégio Comercial Sílvio de Marcos, Ginásio Nossa Sra. de Fátima, Colégio Estadual, Colégio D. José e Ginásio Experimental são os vanguardistas do Ensino Secundário em nossa cidade, enquanto nos vários grupos escolares, as professôras iniciam as crianças nas primeiras letras.

Quanto de sacrifício, quanto de abnegação, quanto de renúncia possuem os corpos docentes dêsses Educandários, desenvolvendo-se, desvelando-se frequentando cursos de aperfeiçoamento, a fim de proporcionarem à nossa juventude uma educação adequada, preparando-a para enfrentar a vida, para tornar-se útil à Igreja, à Pátria e à Família.

Se lutamos com o problema da falta de um aparelhamento técnico mais moderno e mais confortável, se nos vemos a braços com as dificuldades financeiras, que entravam muitas iniciativas escolares, contamos com o idealismo, com o interêsse de nossos professôres que fazem de sua cátedra um altar, onde destribuem a hóstia do saber e a riqueza de sua experiência.

Mas seus esforços encontram eco na generosidade de nossos jovens. Haja visto o número de alunos que frequentam as aulas, quer sejam as diurnas, quer sejam as noturnas. Operários, bancários, domésticas e tantos outros que lutam durante o dia, pelo pão cotidiano, à noite, ainda encontram fôrça e coragem para se assentarem nos bancos de uma sala de aula.

E os movimentos de nossos jovens? Uma UEP, congregando todos os estudantes patenses; CEDAE à busca de um mundo melhor, divulgando suas idéias, seus anseios, pelo Má Nota; o GEMB, cuja voz entusiasta se faz ouvir todos os sábados, através da Rádio Clube e, outrossim, pelo jornal MENSAGEM; o Centro Cultural Ruy Barbosa, procurando descobrir valores e incentivar nossos jovens na cultura das letras; êsses e tantos outros evidenciam o valor de nossas escolas e a capacidade de nossos jovens.

Numa terra assim, com uma gente assim, é lamentável que ainda não tenhamos uma FACULDADE DE FILOSOFIA. Patos merece-a o seu povo aguarda com ansiedade e, por ocasião da FESTA NACIONAL DO MILHO, fazemos um apêlo às autoridades, ao senhor Ministro da Educação, que interfiram junto ao Conselho Federal para que não prorroguem mais a licença de se fundar aqui, a Faculdade de Filosofia já existente em outros lugares de menos condições econômicas e culturais; Faculdade que trará para Patos, para Minas e para o Brasil, um avanço no progresso.

* Fonte: Texto publicado na edição de 24 de maio de 1967 do jornal Folha Diocesana, do arquivo do Laboratório Ensino, Pesquisa e Extensão de História (LEPEH) do Unipam.

* Foto: Escolaitaqueraiv.wordpress.com, meramente ilustrativa.

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