Divertimento dos ancestrais patenses: a sanfona de um, unindo seu som à viola de outro, nos ermos da Mata dos Fernandes e outros povoados, o devocionário cumprido com as fogueiras e levantamento dos mastros com bandeiras dos Santos Antônio, João, Pedro e Nossa Senhora do Rosário. Na povoação incipiente, os pagodes, com muita broa de fubá e biscoitos de polvilho. Vinha o Natal, saía a folia dos Santos Reis, as pastorinhas, os escravos com seus batuques; a tradicional cavalhada, mais “quente” na Babilônia. Os congados e suas variações de catopés e outras. Mais tarde, o entrudo, que chegou a ser proibido pelas posturas municipais.
As primeiras posturas, elaboradas em 1870 pelo vereador Jerônimo Dias Maciel, na parte “Das Licenças”, art. 169, determinavam que se cobrasse por noite de espetáculo de pelotiqueiros, 20 mil réis; de cada presepe ou divertimento igual, oito mil réis; de cada noite de espetáculos de cavalinho ou teatro, 15 mil réis; de cada tarde de volantim, 20 mil réis; de cada tarde de touros, 40 mil réis.
Assim, vemos as altas taxas que se cobravam pelos divertimentos oferecidos ao povo, espetáculos de cavalinhos, teatro, presepe (não confundir com presépio; aqui é o espetáculo fantástico, ridículo, que deu origem ao depreciativo “presepada”), volantim ou equilibrista que anda na corda bamba, peloticas (o espetáculo dado por saltimbanco ou pelotiqueiro) e as touradas. Geralmente, eram espetáculos que não demandavam transporte de cenários ou de elementos numerosos.
*Fonte: Domínios de Pecuários e Enxadachins, de Geraldo Fonseca.
*Foto: Pintura “Parade”, de Picasso, em arteref.com.