Oswaldo Guimarães Amorim nasceu em Patos de Minas, em 10 de janeiro de 1931, na casa de seus pais, o farmacêutico Sebastião de Castro Amorim e Maria Pereira Guimarães (Dona Fia), que ficava na esquina da Rua Tiradentes com a Rua José Santana (No local, Edifício Imperial Center).
Viveu a infância entre a sua cidade natal e a fazenda Paraíso, de sua avó materna Ignácia, em Santana de Patos. Uma infância despreocupada e cheia de estrepolias.
Estudou na Escola de Dona Madalena, no Ginásio Benedito Valadares e na Escola Normal.
Em Patos de Minas iniciou a sua vida de jornalista, colaborando com a imprensa local e da região, de maneira amadora. Em 1º de janeiro de 1955, com o advogado Mário da Fonseca Filho, lança o primeiro número do semanário “Correio de Patos”, que circula durante todo o ano.
Transfere-se para Belo Horizonte, em fevereiro de 1957 e, durante algum tempo, graciosamente, trabalha no jornal Diário de Minas. Foi sua grande escola de aprendizagem de jornalismo para chegar aonde chegou como jornalista profissional, tendo trabalhado nos jornais Estado de São Paulo, O Globo, Jornal do Brasil, Última Hora, Tribuna da Imprensa, o Binômio, Diário do Comércio, Diário de Notícias e nas revistas Alterosa, O Cruzeiro (de que foi Diretor da Sucursal, em São Paulo), Rodovia, Manchete, Realidade, Visão, Mundo Ilustrado, A Cigarra, Veja. Ultimamente trabalhava na estatal Radiobrás, onde a morte o foi buscar.
Colaborador assíduo da imprensa patense, escreveu, sobretudo, no Jornal dos Municípios, Folha Diocesana, Novo Tempo, Correio Patense, O Tablóide e na revista A Debulha.
Além das colunas dos jornais locais, semanalmente, usava dos microfones da Rádio Clube nas manhãs dos sábados e no programa “Café das Quatro”. Era o momento utilizado para cobrar das autoridades administrativas do Município realizações em favor do povo.
Grande defensor da ecologia, muito falou e lutou pela criação e efetivação do Parque do Paranaíba. Também via a importância da urbanização das lagoas do Trevo da Pipoca, principalmente a do Posto Patão.
Realizou memoráveis reportagens com intelectuais como Câmara Cascudo, João Cabral de Melo, sobre índios etc. Como repórter, andou por todo o Brasil, fazendo coberturas de diversos assuntos e acontecimentos. Viajou pelo mundo, principalmente vários países europeus. Foi à Grécia, onde teve oportunidade de visitar os principais locais de sua cultura milenar.
Em 1979, deixa a revista Veja, aceitando o convite para trabalhar na recém criada Empresa Brasileira de Notícias – EBN, como diretor de rádio, cinema e televisão. Com o primeiro orçamento disponível, como não poderia ser diferente, realiza em Patos de Minas um documentário sobre a Folia de Reis, filme esse projetado nacionalmente.
Durante 22 anos, tempo em que trabalhou na Radiobrás, residiu em Brasília e Belo Horizonte. Semanalmente enfrentava a viagem noturna de sexta-feira para estar presente em meio à cidade que mais amou no mundo: Patos de Minas. No domingo à noite fazia o retorno para o trabalho.
Já debilitado, só não viajou nas duas sextas-feiras que antecederam a sua morte, porque as suas condições físicas não mais permitiram.
Foi candidato a prefeito de Patos, obtendo expressiva votação, e também a deputado federal e a vereador. Como suplente a deputado, na época da Ditadura, como majoritário da região, teve grande participação em muitas realizações a favor da região.
Foi casado, em primeiras núpcias, com Iolanda Garcez Chaves, com quem teve o filho Oswaldo Guimarães Amorim Filho. Em segundas núpcias, com Maria de Fátima Silva, com quem teve dois filhos, Maíra Guimarães Amorim e Marco Antônio Guimarães Amorim.
Foram seus irmãos: Wilson Sebastião, Tióca, Carminha, Newton, Delza, Hélio e Elza.
Faleceu, de enfarte, às 15 horas de 15 de agosto de 2001 e foi sepultado, no dia seguinte, no cemitério de Santa Cruz, sob comoção de familiares e amigos.
* Fonte e foto: Queixa ao Bispo, de Oswaldo Amorim, sob coordenação de Oswaldo Guimarães Amorim Filho e Oliveira Mello, editado postumamente em 2002.