INDISCRIÇÃO DA BRAMA

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Entre as décadas de 50 e 60, aconteceram histórias na cidade que chegam a ser inacreditáveis.

Veja esta:

A zona boêmia, naquela época, era requintada: tanto o ambiente quanto as mulheres bonitas.

Entre as várias boates existentes havia a da Brama. E a sua proprietária estava fazendo uma reforma geral para satisfazer mais ainda a sua selecionada clientela.

Aparece, para ver a obra mais de perto, o nosso amigo Tebinha. Além de prestativo é também muito curioso. Enquanto mostrava, com orgulho e satisfação, o novo visual do ambiente, a Brama pergunta ao Tebinha:

– Você poderia colaborar com alguma coisa?

Ele, ressabiado, responde:

– Gostaria, mas sabe como são essas coisas… Depois todo mundo fica sabendo e a gente acaba ficando numa situação delicada.

E a Brama, ansiosa por um presente do Tebinha para a reforma, explica:

– Não se preocupe. As doações aqui têm sigilo absoluto. Se você quiser ajudar, fica só entre nós. Para você ter uma idéia, esta pia foi seu pai, velho Teba, quem deu; aquela geladeira foi o Binga; o fogão foi o Sílvio Pessoa; aquelas cadeiras, foi o Nicolau Ribeiro, e aquela…

 * Publicado em “Patos de Minas – Histórias que  até parecem estórias…”, de Donaldo Amaro Teixeira e Manoel Mendes do Nascimento (1993). Ilustração de Ercília Fagundes Moura.

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