Antônio Tormim, grande fazendeiro e muito conceituado na cidade e na região, sempre foi muito mulherengo, ou seja, não deixava escapar nenhuma…
Certa vez, resolveu levar uma mulher para passar uns dias em sua fazenda. E por lá ficou vários dias.
E a esposa, a matriz, preocupada com sua ausência na cidade, resolveu fazer-lhe uma surpresa: convidou seu genro para levá-la à fazenda.
E partiram.
O mesmo aconteceu com o Tormim. Resolveu voltar para a cidade levando a sua filial.
Em determinado local, avistou e conheceu o carro do genro. E num grande desespero, bruscamente, virou o volante de sua camionete para o pasto e logo adiante, totalmente descontrolado, bateu em uma árvore.
O genro, quando viu a cena, pensou logo num mal súbito do sogrão. Parou seu veículo e foi andando pelo pasto em direção à camioneta.
Tormim, quando viu o genro aproximar-se, e, não sabendo como esconder a mulher no seu carro, desceu gritando:
– Não aproxima! Não aproxima! A camioneta vai explodir.
* Publicado em “Patos de Minas – Histórias que até parecem estórias…”, de Donaldo Amaro Teixeira e Manoel Mendes do Nascimento (1993). Ilustração de Ercília Fagundes Moura.