ZULMAR ANTÔNIO SILVA

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ZULMAR 1Zulmar Antônio Silva nasceu em Patos de Minas no dia 20 de outubro de 1955 – numa casa na Avenida Paranaíba –, filho de Vicente Juliano da Silva e Julia Maria Silva. De família humilde e de poucos recursos não teve a oportunidade de completar o curso primário. O máximo que conseguiu aprender foi o a,e,i,o,u. Conta ele que tatu foi a primeira palavra que conseguiu escrever. E faz questão de dizer que a segunda foi rato. “Na época eu era engraxate. Tinha escrito ‘tatu’ numa folha de papel, mas eu não tinha certeza que estava certo. Um dia entreguei a folha a um cliente e perguntei para ele ler. Quando ele pronunciou ‘tatu’ eu fiquei na dúvida, imaginando que ele apenas tinha adivinhado, e entreguei a ele a outra folha. Ele leu ‘rato’. Mas também fiquei na dúvida. Só fiquei feliz e acreditando mesmo que tinha acertado quando outros leram”. Na infância, restou-lhe passar o tempo brincando com outras crianças. Neste período ele mesmo fabricava seus brinquedos de madeira ou de barro, já desde cedo transparecendo seus dotes artísticos.

A adolescência foi também dura. Aos 13 anos mudou-se para Brasília, tentando descobrir seu caminho na vida. Morou primeiramente em um asilo do governo, convivendo com adolescentes de todos os lugares. Ao final da tarde, após horas dedicadas a várias tarefas, um grupo se formava para jogar futebol, até que certa vez, colocaram como prêmio para uma partida a velha imagem de uma santa esculpida em madeira. Seu time ganhou e ele ficou com a escultura. “Eu achei aquela santinha bonitinha e tentei fazê-la no barro. Não consegui o que queria”. E foi assim que começou a história de um menino que virou escultor, sendo que Zulmar jamais se esqueceu daquela imagem. “Sempre lembrei dela, o que é que eu fiz daquela escultura? Eu dei pra minha avó, e ela pôs numa mesinha ao lado de sua cama onde sempre tinha uma vela acesa onde ela rezava”.

Zulmar voltou para Patos de Minas em 1972, porque descobrira que o “centro grande” não o interessava. “Meu tio, Joaquim Augusto Branquinho (Quinzinho da Esquisita Antiguidades) me ajudou muito. Neste período fiz de tudo um pouco. Trabalhei na roça, em cerâmica, de engraxate e catando ferro-velho para vender”. Durante este período Zulmar mostrou-se sempre bem disposto, alegre e de bem com a vida. Coração humilde, marca trazida de sua infância, ajudava o tio no comércio. “Tio Quinzinho me mandava fazer de tudo. Coava até um caminhão de areia, ajudando na construção que ele estava fazendo. Eu era servente de pedreiro. Sempre via o povo chegando, trazendo coisas antigas como ferro de passar, moinho, caçambas, candeias, potes, móveis velhos e até santos de barro ou madeira. Eu ficava observando…”.

“Um dia peguei minha bicicleta e saí por aí, indo até o Capão das Canoas (vilarejo perto de Patos de Minas). No caminho encontrei um cavaleiro que me informou ter em sua casa velhas imagens de Santa Ana e Santo Antônio. Troquei-as por imagens de gesso, novinhas…”. Assim começou a história de Zulmar, seu interesse pela arte. “Comecei a entender daquele comércio. Olhando as imagens da loja de meu tio, sempre observando, resolvi fazer algo parecido, porque também começou a faltar as imagens. Não tinha ferramentas, nem madeira, e então praticava esculpindo em mandioca e depois assava a peça no forno, para escurecer. Ficava parecendo de madeira…”.

“Fiz um São Sebastião, esculpi em abóbora, fazendo quadros em alto relevo. Já com 18 anos, sempre observado pelo tio Quinzinho, fui incumbido por ele de fazer uma Nossa Senhora de Santana. Quase sem ferramentas, trabalhei com faca e facão. A imagem foi vendida para Belo Horizonte. Ganhei formões novos e comecei a entalhar. Eu fazia, ele vendia”. Nessa mesma época Zulmar corria o meio rural onde comprava todos os móveis antigos de quem estava disposto a vender. Todos eles eram trabalhados e vendidos para outros estados, principalmente São Paulo. Até que chegou num momento em que começou a faltar móveis antigos. Foi quando Zulmar teve a ideia de reproduzi-los.

O primeiro trabalho de Zulmar apresentado para o povo patense foi em mostra cultural na Prefeitura, gestão do Prefeito Dr. Dácio Pereira da Fonseca, que tinha o padre Almir Neves de Medeiros como Secretário da Educação. Suas obras foram muito elogiadas pelo público, que passou a demonstrar interesse em conhecer o artista. A peça era uma imagem de Nossa Senhora de Santana, hoje pertencente ao acervo particular de Marialda Coury. Daí pra frente, recebendo o incentivo e estímulo de todos os amantes da arte, iniciou sua ascensão artística.

Zulmar foi o precursor em Patos de Minas na arte de trabalhar móveis no sentido de torná-los antigos. E o trabalho foi tão bem aceito que ele se viu obrigado a produzir mais peças de mobiliário antigo do que esculturas. “Teve momento que eu dei mais atenção para os móveis porque houve uma procura maior depois que eu fiz uma parceria com uma floricultura do Rio de Janeiro”. Zulmar conta que expunha seus móveis trabalhados na floricultura, que ficava próximo ao PROJAC (centro de produções da Rede Globo localizado no bairro Jacarepaguá, Rio de Janeiro). Isso foi no início de 2003. O pessoal da Globo viu e apreciou os trabalhos de Zulmar. Na época estava sendo produzida a novela Celebridade e alguns móveis de Zulmar participaram da novela. “A Globo pôs naquela revista Casa e Jardim (edição 518) e falou sobre o meu trabalho, que foi uma mesa com quatro cadeiras que na revista ela aparece com a Malu Mader e Marcos Palmeira sentados sobre a mesa com as cadeiras, e na sala um aparador, uma mesinha de centro e mais algumas coisinhas que eu fiz”. A participação de alguns de seus móveis na novela e mais ainda a publicação na revista começou a mostrar Zulmar para o país. Dois anos depois, nova participação em novela da Globo: América, exibida em 2005. “Desta vez não foi falado nada, divulgado nada sobre o meu trabalho, mas praticamente em todos os cenários tem trabalho meu”.

Zulmar tem um sítio localizado quase em frente ao trevo de Santana de Patos. Ali ele cria e expõe alguns de seus trabalhos. “Na minissérie do Xico Xavier, muitos móveis que aparecem lá foram feitos por mim lá no sítio, debaixo daqueles pés de manga, como a cama que o Xico dormia”.

Além da fabricação de móveis antigos para novelas da Globo, Zulmar criou muita coisa por encomenda de políticos, artistas e até jogadores de futebol. “Esparramei o meu trabalho pra muitos espaços. Fiz 100 peças entre esculturas e móveis que foram para a Espanha. Tenho ainda trabalhos na França, Alemanha e mais alguns, de gente que me procurava e encomendava”. Mesmo suas obras sendo muito procuradas o nome do artista não era muito badalado. O próprio Zulmar explica: “Eu fiquei escondido, porque nunca fui de assinar o meu trabalho, eu nunca quis aparecer sobre o meu trabalho, mesmo tendo sido muito cobrado por isso, mesmo considerando um belo trabalho. Geralmente os artistas fazem questão de assinar suas obras. Eu não, nem alguns quadros que pintei eu assinei”. O máximo que Zulmar se permitiu fazer foi um “carimbinho” usado em algumas esculturas por exigência do comprador que queria a obra com o nome. Zulmar conta que já ouviu de muita gente entendida em arte dizer que sua obra, mesmo sem ter a sua assinatura, tem a sua “marca” e que todos que entendem de arte sabem que o trabalho é seu.

ZULMAR 2Zulmar é um artista emocional e isso ele demonstra em suas esculturas, pinturas e nos móveis antigos. Muito religioso ele diz que a passagem de sua vida que mais lhe emocionou, depois do nascimento de seu filho Felipe em 1990, aconteceu um pouco antes, em 1982. Na época, além dos trabalhos artísticos, ele começou a trabalhar com venda de túmulos de mármore. “Foi uma experiência muito difícil para mim, pois não conhecia nada daquele negócio. Mas tive muita garra, principalmente quando tinha que mudar os restos mortais de um lugar para outro. Tive que ter muita força de vontade”. Conta ele que numa das viagens, período chuvoso, o caminhão (comprado recentemente em prestações) não conseguiu subir a encosta barrenta de um rio (Bezerras) que tiveram que atravessar, lá pras bandas do norte de Goiás (hoje Tocantins). Ele e seus dois ajudantes tentaram várias horas e não conseguiram fazer o caminhão subir. A chuva caia e eles perceberam que o rio estava subindo depressa. Pressentindo o pior, Zulmar se ajoelhou no barro e rezou com toda a devoção que lhe dominava. Levantou-se, sentou-se ao banco, apoiou as mãos ao volante e quando foi engatar a 1.º marcha percebeu que o caminhão, lentamente, começou a subir o morro. “Eu não mexi em nada no caminhão, ele já estava ligado, apenas fiz menção de engatar a marcha e de repente ele começou a subir o morro. Eu percebi claramente que foi a mão de Deus que levou o meu caminhão até o alto do barranco”. Zulmar conta, muito emocionado, que tão logo o caminhão chegou ao alto, caiu uma tromba d’água que fez o rio subir em poucos minutos. Ele afirma que se não tivesse saída de lá o caminhão teria sido levado pelas águas. “Depois veio um raio de sol, aquela coisa mais bonita, clareou a estrada tudo e então a gente pode seguir viagem.”

Sobre dissabores, Zulmar lembra que fez algumas esculturas para uma capela de Brasília. Terminado o trabalho, fez questão de ter uma foto dele ao lado das obras. “Aí o cara foi me enrolando até que uma semana depois eu fui lá e ele tinha ido embora com as imagens e levado para o exterior. Foi muito chato e nem considerei mais aquelas esculturas.” Diz ele que todo vez que participou de alguma exposição promovida pelo governo sempre teve a presença de atravessadores. “Uma vez fui convidado para fazer umas peças sacras para a Igreja do Rosário de Luziânia, eu e mais dois artistas. Como eu sempre gostei de entalhar Santa Ana, então fiquei com a parte de Santa Ana e ainda Nossa Senhora do Rosário. Pelo combinado, seria mais ou menos 9 mil para cada um. Quem ia pagar era uma emissora de TV. Pouco depois, quase pronto o meu trabalho, me disseram que iam pagar só 6 mil. Foi aí que descobrimos que o pessoal da cultura de Luziânia tinha passado o custo para a emissora de TV o valor de 150 mil. Então nós três desistimos do negócio e eu vendi minhas obras para outras pessoas”.

Agora, mágoa ele confessa que teve duas. “Eu perdi uma causa na justiça do trabalho em 2003 para uma pessoa que nunca bateu um prego pra mim… tive que pagar quase R$ 30 mil”. Zulmar explica que numa das vezes em que estava desmanchando uma casa antiga, partes dela caiu sobre ele, situação que o afastou do trabalho por muito tempo. Seu galpão de trabalho foi então alugado para essa pessoa. Um dos funcionários dessa pessoa se machucou. Como o funcionário não era registrado, levou o patrão à justiça. “Como o senhor que me alugou o galpão não tinha nada registrado, a justiça resolveu que eu era o responsável. E fui condenado por isso”.

Numa outra situação, um ex-funcionário que havia trabalhado esporadicamente durante quatro meses na oficina também o levou na justiça. “Ele furtou alguns objetos e então resolvi despedi-lo. Ele foi na justiça e disse que trabalhou aqui durante 6 anos. Também tive que pagar”.

Zulmar lembrou também de uma pessoa que arrombou sua oficina e roubou várias ferramentas. Era já uma pessoa bastante conhecida da polícia. Um dia um amigo do artista contou-lhe que o bandido havia lhe oferecido uma motosserra e que logo conheceu-a como sendo sua. “Fui à delegacia e contei o caso. O delegado, que conhecia muito bem o marginal, ligou pra casa dele. A mulher dele atendeu e o delegado perguntou se por uma acaso tinha uma motosserra lá. Óbvio que a mulher respondeu que não e que o marido estava trabalhando”. Zulmar ficou muito aborrecido pela atitude do delegado em não mandar averiguar o caso.  Foram mais alguns valores perdidos.

Por falar em valores, Zulmar conta que também teve muitos prejuízos com pessoas que não pagaram pelas encomendas recebidas e muito “cheques” frios. Nestes casos, muitas vezes ele já havia descontado os cheques com profissionais do ramo e depois era um sufoco para repor os valores. “Nunca fui atrás de quem me pagava com cheque sem fundo, arcando sozinho com o prejuízo, e já tive necessidade de vender um pedaço da minha terra para pagar cheque devolvido”.

O lado religioso de Zulmar acredita no poder de algumas plantas afugentar os azares da vida, mesmo não conseguindo explicar o como isso acontece. Diz ele que numa ocasião em que foi numa roça buscar madeira antiga para o trabalho, conversou com um senhorzinho. “O veinho disse que tinha quatro pés de ‘espada de São Jorge’ e um de ‘arruda’ plantados na frente da casa”. O senhorzinho explicou que aquelas plantas afugentavam o azar. “Aí eu perguntei como ele tinha certeza disso”. O senhorzinho contou que o filho havia decidido mudar a decoração da casa e arrancou as plantas. “O veinho disse que pouco depois ele vendeu um ‘gadinho’ e não recebeu, a roça não vingou e muito mais aconteceu”. A situação foi tão ruim para o senhorzinho que ele resolveu plantar novamente os pés de espada de São Jorge e arruda. “Ele disse que tão logo as plantas vingaram, tudo voltou ao normal e o azar foi embora”. Com mistério e tudo, Zulmar aceitou de bom grado umas mudas e plantou em sua casa.

Outro mistério que fez parte da vida de Zulmar está relacionado com a vizinha Dona Maria, típica representante das antigas benzedeiras, já falecida. Antes, é importante destacar, que Zulmar, na época do Natal, costuma distribuir brinquedos aos meninos pobres do bairro Nossa Senhora Aparecida, onde mora e tem sua oficina de trabalho. D. Maria também era parteira e um dia conversando com ele destacou o poder da arruda. “Ela me convidou para me ‘passar uma benzeção”. Quatro dias depois amanheci meio… sei lá, resolvi ir na D. Maria. Ela pegou um galhinho de arruda, verdinho e viçoso, rezou ao meu redor e quando eu vi o galhinho fiquei impressionado, pois ele estava todo murcho e caído. Ela então foi no quintal e não sei o que fez com o galhinho. Fiquei impressionado”.

ZULMAR 3Outro trabalho desenvolvido por Zulmar é a, literalmente, venda de casas antigas de fazendas. O processo é complexo e envolve o minucioso desmanche da casa, transporte de todo o material e remonte no local indicado com a mesmíssima característica de então. “Acho que foi em 2003, fui fazer um trabalho no Rio para Pedro Machado, na Fazenda Alegria, exatamente no Dia Internacional do Meio Ambiente. Esta fazenda era ponto de encontro de muitos artistas que promoviam várias exposições, até do pessoal indígena”. Foi então que Zulmar, além de expor sua arte, “vendeu” uma típica casa colonial mineira para o Sr. Pedro. “Eu desenho a casa no papel, ou fotografo, numero portal com seus respectivos batentes, numero tudo relacionado com a casa e aí então desmancho a casa. Depois transporto tudo para o local onde vai ser montada e faço o serviço. Ela fica igualzinha como era lá no local de origem.”

Sobre a participação no encontro de arte da Fazenda Alegria, Zulmar conta que no dia choveu muito, mas ele ficou lá no seu canto trabalhando numa escultura de São Francisco de Assis. Nisso veio uma repórter do jornal O Globo e se deparou com ele trabalhando. Foi o suficiente para a repórter se interessar e aquilo chamou a atenção de todos os presentes. No final das contas, Zulmar se transformou no centro das atenções.

Sempre procurado por pessoas de várias cidades e reconhecido como artista talentoso, Zulmar tem hoje uma grande oficina, onde sua equipe trabalha na fabricação de móveis, utilizando como material tábuas de construções antigas. São móveis diversificados, rústicos, e bem comercializados em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Vitória, etc. Por falar em Brasília, Zulmar tem um espaço próprio na “Torre de TV”, onde expõe continuadamente os seus trabalhos. Dono de um estilo próprio, usando cores fortes, Zulmar vende mesas, aparadores, armários, porta-chapéus, oratórios, bancos e antiguidades variadas, trabalhando também para decoradores e arquitetos.

Zulmar tem participado de várias exposições, como Feiras de Artes, Feiras de Antiguidades, Exposições na Festa Nacional do Milho, em Patos de Minas; Exposições no Palácio do Buriti, em Brasília; Exposição Projeto Raízes, em Patos de Minas/1996 e Quiosque no Lago Sul de Brasília (cabanas independentes), ao lado da ponte.

Seus trabalhos, em madeira e pedra sabão, já foram vendidos para Portugal e França. Personalidades famosas, como Nélson Piquet, Tafarel, Tarcício Meira e outros já adquiriram as suas obras. Em 2000 foi agraciado num concurso do Ministério da Cultura onde concorreu com 600 artistas e ficou em 2.º lugar.

Zulmar já produziu mais de 1300 peças, mas, conforme diz: “gostaria de dedicar mais tempo ao meu trabalho artístico, pois gosto muito de criar”. Como ele mesmo diz, apesar de não ter terminado nem o primário escolar, seu dom para criar obras de artes ajudou a criar seus filhos juntamente com a esposa Vilma Maria da Silva. “Hoje tenho duas filhas (Fernanda Maria da Silva e Julia Maria da Silva) na faculdade (uma publicidade e outra administração) e meu filho já aprendeu o ofício. Sempre fui muito cuidadoso com minha família, ajudando meus pais e meus irmãos”. Sobre seu filho Felipe, há uma particularidade. “Seu nome de batismo é Felipe Antônio Silva “Zas”. Nele eu pus esse “Zas” no final porque quando ele nasceu foi muita alegria e eu como nunca assinei as minhas peças, mas com meu filho eu quis que tivesse o “Zas” de Zulmar Antônio Silva”. Houve ainda outra filha antes, como explica o artista. “É uma filha que eu tive, hoje mora em São Luiz, capital do Maranhão, é casada e bem sucedida na vida”. Zulmar não se esquecer de dizer que já tem quatro netos, e salienta que não tem inimigos e mora há mais de trinta e cinco anos no mesmo lugar sem nunca ter tido uma única desavença com qualquer vizinho.

O artista deixa uma mensagem aos jovens que, como ele, têm o dom artístico: “É preciso ter muito amor à arte, observar muito e ter persistência”. E encerra o papo salientando: “Tenho um problema grave na visão e quase não enxergo mais. Tenho apenas 10% da visão, por isso sinto-me bastante limitado em produzir como antigamente. Mas jamais desanimo e faço o que posso com a atual visão que tenho”.

* Texto e fotos (13/12/2013): Eitel Teixeira Dannemann.

* Fonte: A edição n.º 8 de 16 de agosto de 1996 do jornal O Tablóide, do arquivo de Fernando Kitzinger Dannemann, publicou uma matéria de autoria de Marialda Coury a respeito da vida de Zulmar.

* Foto 1: Zulmar Antônio Silva junto à obra em cedro Francisco e o Lobo.

* Foto 2: Maria Acompanhada de Seus Pais, em cedro.

* Foto 3: Em destaque, escultura em cedro Calvário de Cristo, e parte do ambiente de trabalho do artista.

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