O Burmilla tem um tamanho médio, pesando entre 4 e 7kg. O corpo é compacto e sólido, assim como suas extremidades, que possuem uma musculatura desenvolvida, sendo as pernas da frente mais finas e um pouco mais curtas; cauda reta, longa e terminada em uma ponta redonda; cabeça larga e redonda, com bochechas cheias, olhos verdes rasgados, delineados por pálpebras negras; focinho de forma triangular; orelhas de tamanho médio e de formato triangular, com a ponta arredondada e a base larga; fêmea menor que o macho. A pelagem é um pouco mais longa do que a do Birmanês, sendo igualmente macia e sedosa, além de muito brilhante e um “M” distinto na testa. O pelo tem muito volume porque possui uma estrutura de duas camadas, com uma subcamada mais curta que favorece o isolamento. As cores aceitas são aquelas com base branca ou prata combinadas com lilás, canela, azul, creme, preto e avermelhado.
Surgiu como resultado de um feliz acidente. Em 1981, a Baronesa Miranda Von Kirchberg, do Reino Unido, comprou um gatinho macho persa chinchila chamado Jamari Sanquist. Antes que ela pudesse castrá-lo, ele cruzou com uma Burmesa fêmea lilás chamada Bambino Lilac Fabergé. Como resultado do acasalamento, nasceram quatro gatinhas, chamadas Galatea, Gemma, Gisella e Gabriella. Todas as quatro tinham pelo curto e eram de uma linda cor prateada. Eram tão bonitas que procriações subsequentes foram organizadas e uma nova raça de gatos foi desenvolvida. É considerada uma das raças de gatos mais recentes. De fato, a raça ainda nem foi reconhecida em seu país de origem, onde é considerada uma raça experimental, de acordo com a Cat Association of Britain. Da mesma forma, não está registrado nos Estados Unidos. No entanto, organizações internacionais oficiais como a FIFe (Federação Internacional dos Felinos) já registraram o padrão em 1994.
Estes gatos podem parecer desconfiados, independentes e até reservados, mas apreciam a companhia de donos tranquilos numa casa pacífica e podem ser bons companheiros domésticos. Contudo, gostam de ter acesso a uma zona ao ar livre segura. Deverão ter acesso contínuo à comida (dieta de qualidade, ajustada às necessidades nutricionais e à sua atividade física) e água, uma caixa de areia numa zona sossegada e privada, cama confortável sem correntes de ar, arranhadores e poleiros altos para se sentirem seguros. Os donos deverão brincar e interagir frequentemente com ele. A substituição dos brinquedos por outros diferentes mantém a sua curiosidade inata, estimula a sua inteligência, mantém-nos saudáveis, felizes e ocupados numa área.
Geralmente se dá bem com todos os membros da família, sejam outras pessoas, gatos ou praticamente qualquer outro animal. Em geral, trata-se de um felino muito tolerante, indicado especialmente para famílias com crianças, pois adora passar tempo brincando com elas e recebendo mimos. Raramente mostra uma atitude nervosa ou inquieta. Caso se mostre assim, isso significa que algo está errado e pode estar sofrendo com um problema de saúde ou estresse, algo que precisa ser identificado e tratado.
Devido ao seu aparecimento espontâneo, a raça não apresenta doenças congênitas nem tem inclinação especial a sofrer com qualquer condição em relação às outras raças. Mesmo assim, não se deve esquecer que, como qualquer outro gato, deve tomar suas vacinas obrigatórias e desparasitações, assim como fazer consultas veterinárias regulares que permitam detectar qualquer anomalia o mais rápido possível. Além disso, é recomendável acompanhar o estado da boca, olhos e orelhas, realizando as limpezas necessárias com os produtos e procedimentos mais adequados para cada caso. Com todos esses cuidados, a expectativa de vida média varia entre 10 e 14 anos.
* Fontes: br.cats.com, peritoanimal.com.br e purina.pt.
* Foto: br.cats.com.
* Edição: Eitel Teixeira Dannemann.