FAISÃO DOURADO

Postado por e arquivado em OUTROS.

O Faisão Dourado (Chrysolophus pictus), também conhecido como faisão-chinês e cateleuma, pertence ao grupo de aves galliformes da família dos fasianídeos. Não são reconhecidas subespécies. O nome do gênero vem do grego antigo khrusolophos que significa “com a crista dourada” e pictus vem do latim pingere que significa “pintado”. Ocorre na China Central. Sua distribuição vai do Sudeste de Chingai e Gansu ao Qinling em Xianxim, ao Sul pelo Leste de Sujuão, Hubei, Guizhou e Hunão, ao Nordeste de Iunã e ao Norte de Quancim. Não se sabe estipular o tamanho da sua população natural, mas aponta-se que pode estar diminuindo devido à expansão urbana. A UICN classifica a espécie como “menos preocupante” por conta da grande área de distribuição e por aparentemente o declínio de populações não estar ocorrendo. A espécie foi introduzida em outras localidades e ocorre de forma livre em vários lugares da Inglaterra, País de Gales e ao sul da Escócia. Porém, tem grande população estabelecida em vários países, onde foi introduzida como ave ornamental e de companhia.

O macho adulto tem entre 90 e 105 cm de comprimento e sua cauda conta por cerca de dois terços desse total. Tem um topete dourado e as penas corporais vermelhas, com áreas azuis nas asas e verde logo abaixo do seu pescoço. Há um leque de penas no pescoço, que pode ser “aberto” cujas cores alternam entre o laranja e o preto. A cauda tem como cor predominante canela, ponteada de pintas pretas. As pernas e pés, assim como o bico são amarelo opaco. Os olhos são de um amarelo com uma pupila preta e destacada.

A fêmea é bem menos colorida, com plumagem marrom mosqueada mais opaca, semelhante à da fêmea de faisão comum. Ela é mais escura e mais esguia que o macho, medindo entre 60 e 80 cm, com uma cauda proporcionalmente mais curta. O peito e as laterais são forrados de amarelo-claro e marrom-escuro. O abdômen é amarelo-claro. Tem rosto e garganta amarelos. Algumas fêmeas anormais podem obter alguma plumagem masculina. Pernas e pés são de um amarelo opaco.

Possui em um alto canto territorial, de aspecto áspero e metálico, sendo comparando com o afiar de uma foice. É sempre executado em uma ou duas sílabas com intervalos curtos. A chamada de cortejo em ambos os sexos é simples ou com cordas, podendo variar de tom, intensidade e aspereza dependendo da situação. O som de alerta para ameaças é um ganido agudo, enquanto o chamado se compara a uma risada suave que lembra uma Galinha d’Angola. Em caso de ameaças em terra, a fêmea emite um cacarejo e em caso de ameaças aéreas ela emite um miado suave (tluck tluck). Em caso de sentir medo, a chamada de alarme é um “iiiihhhh” estridente. Além dos sons sibilantes e guinchos que podem ser ouvidos durante o acasalamento, o macho emite também um som macio, semelhante ao de uma galinha, como atração para alimento e parte do cortejo.

Tipicamente terrestre, mas se empoleira nas árvores à noite. Assim como outras aves da ordem dos Galináceos tem baixa capacidade de voo, preferindo muitas das vezes correr em casos de fuga. Alimenta-se tipicamente de grãos, sementes, vegetais, insetos e invertebrados que vivem no solo

Em época de reprodução tem comportamento monogâmico. Fora deste período ele pode ser encontrado em pares ou em trio de aves. A fêmea está madura sexualmente por volta do seu primeiro ano de vida, enquanto o macho um pouco mais tarde. O macho faz seus chamados em intervalos curtos. Nesse período ocorrem disputas territoriais. O cortejo começa com o macho circulando rapidamente a fêmea com mudanças abruptas de direção. De forma igualmente abrupta, ele assume a postura de corte, onde fica ao lado da fêmea com uma das pernas levantada e se apresenta com as asas levemente abaixadas exibindo suas costas coloridas. Ele abaixa a cabeça e abre em leque sua gola de penas e a cauda emitindo sons sibilantes. A fêmea, apesar de uma reluta inicial, mostra-se apta a acasalar quando se agacha com as asas relaxadas.

Durante a postura, a fêmea se separa do macho para desovar e chocar os ovos. A postura consiste em 5 a 12 ovos de característica brilhante, branco-creme, com cerca de 45x33mm de tamanho. Esses ovos são chocados por 22 ou 23 dias. Os filhotes nascem e costumam ficar de 1 a 2 dias no ninho até serem conduzidos pela mãe para se alimentar. Com cerca de 12 a 14 dias eles passam a empoleirar-se ao lado da mãe.

* Fonte: Wikipedia.

* Foto: br.freepik.com.

* Edição: Eitel Teixeira Dannemann.

Compartilhe