Durante cinco dias consecutivos, de 30 de janeiro a 3 de fevereiro, próximos passados [1985], realizou-se no Palácio das Artes em Belo Horizonte, o I ENCONTRO POPULAR DE CULTURA, movimentando conferências, debates e discussões, que revestem da maior importância.
O Encontro contou com a presença representativa da cidade de Patos de Minas, que procurou participar em todo setor de manifestação cultural. Na mostra de artesanato e cultura popular, contamos com as presenças de Dona Joventina (Tina) e Dona Andronica (fiandeira); representando a música regional, Waldemar Gavião; na música sertaneja, Zé Marreiro e Diamantino; na música popular, Grupo Carambola; representando o nosso folclore a presença marcante da Folia de Reis de Ponto Chique; a área de cinema contou com a exibição do filme-documentário “Santo de Casa” do II Encontrão-Cantar na Praça; nos debates de grande importância participaram Maria Célia e Magalí (Artes Cênicas); Maria de Lourdes (Educação) e Civuca (Literatura); na plenária também participaram Romero Santos pela Câmara Municipal e Giselda Alves pelo Departamento de Educação e Cultura.
Na Comissão Provisória, que terá como objetivo encaminhar todas as propostas e reivindicações, bem como a realização anual desse “Encontro Popular”, foram indicados os nomes de Maria Célia Santos, representando no interior as Artes Cênicas da região do Alto Paranaíba; Civuca, representando no interior a área de Literatura na região do Alto Paranaíba e Triângulo Mineiro; e Maria de Lourdes Santos, representando a área de Educação.
Para a nossa participação, contamos com o apoio, que aqui agradecemos da Prefeitura Municipal, Marta Caixeta de Queiroz, CEAPS, Patrício Filho e todos os artistas participantes de nossa cidade que colaboraram com suas apresentações.
A Cultura é a alma do povo − logo, povo sem cultura é povo sem alma.
Todo ser humano precisa ser promovido, harmonizado, desenvolvido e integrado em todos os setores, psicológico, social, político, natural. A arte e a cultura são instrumentos de comunicação que elevam os sentimentos e enobrecem a defesa dos direitos humanos. E as organizações populares são as componentes culturais que indicam a maturidade politica e o grau de participação da comunidade.
Viva a Cultura Popular!
* Fonte: Texto de Civuca Costa publicado com o título “I Encontro Popular de Cultura-MG” na edição n.º 110 de 28 de fevereiro de 1985 da revista A Debulha, do arquivo de Eitel Teixeira Dannemann, doação de João Marcos Pacheco.
* Foto: m.facebook.com, meramente ilustrativa.
