EUFORIA DO TRIGO − 4

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TEXTO: JORNAL FOLHA DE PATOS (1944)

Terra do trigo ou do diamante? Onde o trigo?

Já constitue fato concreto a triticultura¹ patense. Durante anos, sua maior expressão − realmente enorme − eram os trabalhos experimentais do Campo de Multiplicação de Sementes, dirigidos por Moacir Viana de Novais. Este ano, porem, começou-se a transposição do terreno experimental ao economico. Plantaram trigo o senhor Olavo Dias Maciel, o senhor Afonso de Queiroz, o doutor Erasmo Dias Maciel, e a Moinhos, que possue trigais nos Néas e na Gameleira. Mais: todas as terras que no corrente ano a Moinhos ocupou com outros cereais, destinam-se ao trigo a partir do proximo ano. Como se sabe, o trigo não dá bem em terras de primeira cultura, e foi por isso que a Moinhos prudentemente preferiu dedicar um ano ao amansamento de solos. A partir de 1945, os moinhos da cidade terão cereal para funcionarem o ano todo.

O assunto merece a atenção dos lavradores patenses. Não se deve imaginar que o arroz e o feijão permaneçam na alta atual.

Ao contrário, é certo que procurarão o nivel normal de seus preços. Quanto, porem, ao trigo, seus preços são fixados por lei, e estão garantidos por dez anos, sem falar no aumento de consumo e nas dificuldades de importação − o que leva tais preços acima ainda dos limites mínimos fixados em lei.

Azzi, a maior autoridade mundial na matéria, depois de visitar-nos afirmou que nosso municipio será a patria do trigo. A terra aí está, a garantir-nos tal gloria. Que, visando tal objetivo, não estejam ausentes os homens, que a valorizam pela exploração racional.

* 1: No espaço de buscas, digite “triticultura”, “euforia do trigo” e “Moinhos Minas Gerais”, e acompanhe a ascensão e queda do cultivo de trigo no nosso Município.

* Fonte: Texto publicado com o título “Triticultura patense” na edição de 19 de abril de 1944 do jornal Folha de Patos, do arquivo da Fundação Casa da Cultura do Milho, via Marialda Coury.

* Foto: Do arquivo do MuP, via Geovane Fernandes Caixeta, publicada em 22/07/2016 com o título “Moinho de Trigo em 1940”.

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