Lá nos fundos da Praça Dom Eduardo, quase esquina com a Rua Deiró Borges, uma goiabeira no seu esplendor reprodutivo, abarrotada de frutos e folhas e fornecedora de uma saudável sombra foi literalmente tosada¹. Poucos dias depois de tosada, ela iniciou o seu rejuvenescimento com galhinhos surgindo em sua pele nua. Mas, novamente, foi tosada². Quase dois anos após, com seus troncos ressequidos pela ingratidão, de suas bases aflorou com gana a sua juventude, entre intrusas que buscam o mesmo objetivo, numa ânsia extrema de sobrevivência³. Eis que novamente arrancaram tudo, ficando só o tronco ressequido. Mas essa goiabeira é por demais tinhosa. Mesmo ressequida, em outro suspiro de sobrevivência, a seus pés pariu novos filhotes. E assim ela vai lutando contra aqueles que a odeiam. Até quando ela resistirá?
* 1: Leia “Goiabeira ‘Tosada’ na Praça Dom Eduardo”.
* 2: Leia “Não Querem de Jeito Algum que a Goiabeira da Praça Dom Eduardo Sobreviva”.
* 3: Leia “Goiabeira Arretada da Praça Dom Eduardo”.
* Texto e foto (18/12/2022): Eitel Teixeira Dannemann