Em fevereiro ela estava em seu esplendor reprodutivo, abarrotada de frutos e folhas e fornecedora de uma saudável sombra que foi literalmente “tosada”. De alguém, ouvi o comentário de que o problema incomodativo estava nas folhas caídas, pelo “imenso” trabalho da limpeza. De outro, de que o problema incomodativo estava no “desagradável” hábito de representantes do povo se servindo dos deliciosos frutos¹. Poucos dias depois da tosada, ela iniciou o seu rejuvenescimento com galhinhos surgindo em sua pele nua. Eis que, quando os muitos galhinhos já estavam encorpados, com seus vinte centímetros de comprimento, com suas suaves folhinhas verdes, prontos para a jornada de se transformarem novamente numa garbosa árvore frutífera, toda aquela vida nova e vicejante foi arrancada. É, não querem de jeito algum que essa goiabeira sobreviva!

* 1: Leia “Goiabeira Tosada na Praça Dom Eduardo”.

* Texto e Foto (16/05/2020): Eitel Teixeira Dannemann.