JOÃO-DE-PAU

Postado por e arquivado em ANIMAIS DE COMPANHIA, PÁSSAROS.

O João-de-pau (Phacellodomus rufifrons) é um pequeno pássaro da família Furnariidae conhecido também como Carrega-madeira (Bahia), Teutônio, João-garrancho, João-graveto (Minas Gerais), João-palito, João-graveteiro, Casaca-de-couro (Pernambuco), Carrega-pau (norte do Rio de Janeiro), Guacho e João-peneném (Zona da Mata Mineira) e ainda Cata-lenha. Seu nome científico vem do grego phakellos (feixe de varas) e domos (casa); do latim rufo/rufus (avermelhado, castanho) e frons (frente, fronte, testa), significando pássaro de fronte ruiva que faz sua casa com gravetos.

Possui seis subespécies: Phacellodomus rufifrons rufifrons (Piauí, Bahia e Minas Gerais), Phacellodomus rufifrons specularis (Hellmayr (Pernambuco), Phacellodomus rufifrons sincipitalis (Bolívia nas regiões de Santa Cruz e Tarija e no Noroeste da Argentina), Phacellodomus rufifrons peruvianus (Noroeste do Peru na região do Vale do Rio Marañón e na região adjacente no Sul do Equador), Phacellodomus inornatus inornatus (alagados (Llanos) do Nordeste da Colômbia e Venezuela), Phacellodomus inornatus castilloi (Sul do Venezuela na região de Bolívar).

De pequeno porte, alcançando cerca de 16 centímetros, como características a cor amarronzada da testa, contrastando com a cabeça mais clara; leve linha superciliar clara, com um risca negra, fina, após o olho; cauda comprida e movimentada lateralmente, quando está excitado. Vive aos pares ou em pequenos grupos familiares, alimentando-se de insetos obtidos na vegetação arbórea ou no solo, sob emaranhados de folhas caídas e capim entrelaçado. Habita campos com arbustos e árvores esparsas, árvores ao redor de construções em fazendas, bordas de capões de mata cercados de pastagens e outros ambientes semiabertos. O casal possui um dueto em que um inicia o canto e depois de pouco tempo o segundo emite uma espécie de risada mais curta, levemente acelerada no final. Cantam a qualquer hora do dia, às vezes dentro do ninho. O voo para entrar na estrutura é muito rápido, podendo passar despercebida a chegada ou saída.

Constrói ninhos enormes com gravetos (razão do nome) que são relativamente grandes para o tamanho do passarinho. O casal atua em parceria na construção da casa, que será utilizada durante todo o ano pelos dois e pela ninhada (mesmo após voar) como local de abrigo. Ao terminar o primeiro ninho, o casal continua colocando material e construindo outros, em sequência. Com isso, o galho de apoio começa a pender e a ficar coberto de material, destacando-se na paisagem. Em casos extremos, o ninho chega a 2 metros de comprimento. A câmara incubatória é forrada por grossa camada de penas, paina, etc., de formato esférico. O ninho geralmente localiza-se em árvores isoladas, na extremidade de galhos flexíveis, que acabam por vergar com o excesso de peso. Sua construção pode ocorrer com a participação de todo o grupo e não apenas do casal. Põe em média 3 ovos. O ninho é o preferido para ser ocupado pelo Corrupião (Sofrê), o qual depende de outras espécies para nidificar. Além desse pássaro, as câmaras abrigam outros e ainda pequenos mamíferos, répteis ou marimbondos.

Não é fácil observar o João-de-pau em seu ninho. Além do pequeno porte, possui o comportamento de ficar escondido no meio das folhas de árvores e arbustos, voando rapidamente de pouso a pouso. Movimenta-se muito e logo dá o alarme, com piados agudos, sobre a presença de estranhos. Nesses momentos, os membros do grupo (varia de um casal até 10 aves) passam a repetir o chamado, enchendo a vegetação de gritos, mas pouco aparecendo. Também gosta de ficar em tocos de pau como cercas, troncos velhos de árvores, procurando insetos.

* Fonte: Wikiaves.com.br.

* Foto: Ebird.org.

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