ANO DE FARTURA E CÃES VADIOS EM 1944

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TEXTO: JORNAL FOLHA DE PATOS (1944)

ANO DE FARTURA

O ano de 1943 foi epoca de miseria, no que concerne a produção de gêneros alimenticios. As chuvas excessivas de dezembro de 1942, que ocasionaram a maior enchente dos nossos rios, e depois os estios prolongados que lhes seguiram foram os responsaveis pela colheita insuficiente. O atual ano agricola parece mais promissor. A longa estiagem de janeiro perturbou o crescimento das plantas, e deu, no calculo de todos os lavoristas, um prejuizo de vinte por cento na safra de milho. O período de chuvas regulares que estamos experimentando, no entanto, está salvando a situação. As roças foram grandemente ampliadas, quasi duplicadas as areas plantadas. A safra de feijão será a maior de todos os tempos, caso não sobrevenha um empecilio de ultima hora. Todas as informações são otimistas, e a nossa zona contribuirá com enorme quantidade de generos para os mercados consumidores.

AINDA OS CÃES VADIOS

A cidade está de tal modo invadida pelos cães, que os mesmos já tornaram um problema. São levas de cachorros soltos brigando e rosnando em toda parte. Todo mundo acha que tem direito de soltar o seu pelas ruas. Estes donos de cães soltos esquecem de que é falta de civilidade e educação soltar animais que venham incomodar qualquer pessoa. Não sabemos para quem apelar, porque autoridade alguma quer tomar providencia a respeito. Cada qual empurra para frente, e os leões, mandis e queijandas continuam perambulando. De tudo se conclue é que a autoridade encarregada do caso deverá tomar urgentes providencias sobre tão importante assunto.

* Fonte: Textos publicados na edição de 19 de março de 1944 do jornal Folha de Patos, do arquivo da Fundação Casa da Cultura do Milho, via Marialda Coury.

* Foto: Três primeiros parágrafos do texto original.

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