Vindo pela Rua Major Gote, o monstrengo enorme e pesadíssimo contornou a Praça Antônio Dias, cruzou a Rua Cesário Alvim e o roteiro seria passar pela Praça Champagnat e alcançar a Avenida Marabá, isso por si uma das maiores aberrações patenses que autoridade alguma põe um fim. Mas eis que a carreta, pasmem, inacreditável, resolveu convergir à esquerda e entrar numa das ruas mais complicadas da Cidade: a estreita Maestro Randolfo, a do Hospital São Lucas, mão dupla, trânsito congestionado 24 horas, uma loucura, carros estacionados dos dois lados, gente atravessando a todo instante. Causando um imenso transtorno ao carregado trânsito, ela fez a perigosíssima conversão quase subindo no passeio, peitou todo mundo espremendo os outros veículos, passando a poucos centímetros deles e das pessoas, quase batendo numa ambulância que desembarcava um paciente, e foi em direção à Avenida Paracatu, leve e solta como se aquele absurdo fosse natural. É assim que a banda toca por aqui!
* Texto e foto (23/01/2020): Eitel Teixeira Dannemann.
