CONSIDERAÇÕES SOBRE A FESTA DO MILHO DE 1981

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Cidade volta ao seu ritmo normal, depois das festividades da XXIII Festa Nacional do Milho. Foram 9 dias de muita atividade proporcionada pela nossa festa maior.

A Festa Nacional do Milho de 1981 teve alguns momentos brilhantes. Um deles, foi exatamente na abertura, dia 16, às 19 horas, com o 2.º Festival de Pratos Típicos com Milho, realizado no Patos Social Clube numa promoção da EMATER-MG. Muita gente presente e que, depois da apresentação dos vários pratos típicos pela coordenadora Lusmar Costa, pôde saborear todas as qualidades de bebidas e comidas do festival.

Na oportunidade houve o lançamento do livro “Receitas Tradicionais”, editado pelas senhoras da Casa da Amizade, do Rotary Clube de Patos de Minas. A propósito, o livro “Receitas Tradicionais”, que ainda está à venda, mostra inúmeras receitas de pratos à base de milho. Ficou muito bom o livro. A renda vai para a construção da creche do Rotary.

O Parque de Exposições “Sebastião Alves do Nascimento” começou a apresentar grande movimento mesmo antes do início da festa. Entretanto, o maior número de pessoas no seu interior, foi mesmo nos dois últimos dias. Sábado e domingo, últimos dias de festa, foi um negócio impressionante. Gente por todo lado.

Extra-programa, foi realizado o 1.º Torneio de Xadrez “Sebastião Alves do Nascimento”, numa promoção do Clube de Xadrez de Patos e da Rádio Clube de Patos, de 15 a 19 de maio. Sérgio Antônio Ferreira foi o vencedor do torneio de Xadrez.

Shows sertanejos da FENAMILHO de um modo geral agradaram aos que os assistiram no palanque do Parque. Na área popular também bons momentos, com cantores da massa e outros para um público mais selecionado.

Gostei muito do trabalho de Rolando Boldrin, Dércio Marques e Dominguinhos. Tiveram muito para oferecer durante seus shows. A roda de violeiros promovida pela Rádio Clube e comandada pelo companheiro Wilson Carvalho, foi outro sucesso. Zé Tropeiro e Tabuí, os vencedores.

II Gincana Automobilística COPAVE-FIAT, em colaboração com a Rádio Clube de Patos, foi outra grande atração da festa. Realizada no dia 23, na Av. Getúlio Vargas, a gincana reuniu muitos participantes e provas verdadeiramente criativas, algumas muito engraçadas.

Ao final, a vitória do casal Airton Lima Verde e Conceição, liderando de ponta a ponta a Gincana Automobilística com carros da linha FIAT e organizada pela COPAVE.

Dos bailes o melhor foi o do Patos Social Clube, devido à presença do excelente conjunto “3 do Rio”. Um show a parte dentro da Festa Nacional do Milho.

Ponto alto da XXIII Festa Nacional do Milho, foi mesmo o desfile cívivo-militar-estudantil, coordenado pelo 15.º BPM, e realizado no dia 24 de maio, quando Patos de Minas comemorava o seu 89.º Aniversário de Emancipação Polítivo-Administrativa. Uma grande demonstração de valorização do folclore e cultura de nossa região.

Dos desfiles que já vi na Festa do Milho, este foi o melhor, mais completo e mais organizado. Quase não houve atraso. Mesmo sendo uma atração brilhante, rica em conteúdo, é gratuita. Para presenciar o desfile, basta que as pessoas se postem ao longo da Av. Getúlio Vargas e pronto. Por isso o desfile agrada, quando bem organizado.

Até hoje o povo está elogiando o desfile, o empenho dos professores e alunos dos nossos educandários. As alegorias, os temas apresentados, enfim, tudo que se viu no desfile. Foi mesmo um espetáculo.

Dois júris elegeram a nova Rainha Nacional do Milho, MARIA APARECIDA DA COSTA (Cidinha) e a nova Rainha do Fosfato, ENELICE VERSIANE. Um, no baile do Patos Social Clube, formado somente por pessoas da cidade. O outro, no baile do Caiçaras Coutry Clube, com pessoas de fora.

Já no encerramento da Festa Nacional do Milho, foi feita a divulgação do resultado da votação para Rainha Nacional do Milho (Cidinha) e Rainha do Fosfato (Enelice). Foi o momento de despedidas de Roberta Vieira, ex-Rainha do Fosfato, que chorou de emoção durante seu discurso; Oneida Peres, ex-Rainha Nacional do Milho, que também foi tomada pela emoção e chorou.

Enelice Versiane falou pela primeira vez como Rainha do Fosfato (não chorou). Depois foi a vez da Rainha Nacional do Milho de 1981, MARIA APARECIDA COSTA. Muito emocionada, foi tomada pelas lágrimas.

É preciso ressaltar o trabalho das recepcionistas da FENAMILHO/81: Carla, Célia, Emília, Mara, Marise e Márcia, fizeram um brilhante trabalho social durante a festa. Parabéns.

Há muito mais pra falar sobre a XXIII Festa Nacional do Milho, mas há tempo para isso. Voltaremos ao assunto depois. Aqui no final, gostaria apenas de ressaltar o eficiente esquema de cobertura da festa em todos os seus momentos, colocado em prática pela Rádio Clube de Patos. É como diz a mensagem do “Correio de Patos”: “Quem não viu a festa pessoalmente, viu pela CLUBE”.

Obrigado, gente amiga.

* Fonte: Texto de José Afonso publicado na coluna Comunicando da edição n.º 25 de 31 de maio de 1981 da revista A Debulha, do arquivo de Eitel Teixeira Dannemann, doação de João Marcos Pacheco.

* Foto: Cartaz oficial da Fenamilho/1981, do arquivo da Fundação Casa da Cultura do Milho.

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