O Tatu é um mamífero que pertence à família Dasypodidae (com 21 espécies agrupadas em nove gêneros) e à ordem Cingulata. É encontrado em todo o continente americano (do norte da Argentina até o sul dos Estados Unidos) e devido a sua grande necessidade de beber água, habita regiões bem úmidas (perto de rios e pântanos, por exemplo).
É inconfundível graças à armadura que lhes reveste o corpo, dividida em bandas flexíveis (o número de bandas varia, são conhecidos os de três, seis e nove bandas), o que lhes confere a possibilidade de enrolar-se totalmente (no restante do corpo tem pele e pelos). Sua armadura é formada por um mosaico de pequenas placas ósseas. Em todas as espécies, menos na do tatu gigante, as placas formam um escudo de uma só peça sobre os ombros e sobre os quartos traseiros. Na zona ventral possue densa pelagem. O comprimento varia de acordo com a espécie e oscila entre 15 cm e 1m, sem levar em conta a cauda.
As extremidades são curtas, robustas e musculosas. Os dedos possuem garras que são utilizadas para escavar, buscar alimentos e para construir as tocas que habitam. O esqueleto é bem forte, orelhas e focinho longos e cauda coberta de escamas. Este ágil escavador não enxerga muito bem, mas o olfato e a audição são bastante desenvolvidos. É onívoro (alimenta-se de outros animais e plantas), com dieta rica em insetos (adora formigas) e, em menores doses, pequenos vertebrados como roedores, lagartixas e serpentes, raízes, tubérculos e até carne em decomposição. Seus hábitos são noturnos. Há um fato curioso na reprodução deste animal, fato que o torna único entre os mamíferos: todos os filhotes (e normalmente são 4, podendo chegar a 12) são gêmeos idênticos e pertencem ao mesmo sexo.
Este animal pertence a uma família surgida a 55 milhões de anos que tem dificuldades em manter a temperatura do seu corpo, não pode sobreviver ao frio prolongado, razão pela qual procura abrigar-se embaixo da terra para suportar o frio. É capaz de prender a respiração por seis minutos, o que lhe permite escavar bastante e atravessar nadando longas distâncias. Em alguns países a carapaça é utilizada para a fabricação de instrumentos musicais. A carne é apreciada. A caça e a destruição do seu habitat puseram em risco de extinção várias espécies.
Para adquirir ou adotar um Tatu como animal de companhia é necessária uma autorização especial, não outorgada por qualquer pessoa, apenas as entidades especializadas que se dedicam ao cuidado e à conservação deste animal podem dá-las. Uma das formas de poder adotá-lo legalmente é possuir um certificado de núcleo zoológico.
Tal como acontece com a maioria das espécies animais, o Tatu pode multiplicar a sua esperança de vida em cativeiro. Em estado selvagem podem chegar a viver de 4 a 16 anos em média, tendo em conta as diferentes espécies que existem. Em cativeiro deve dispor de áreas frescas e com sombra e com solo adequado onde ele possa cavar, mas tomando o cuidado para que ele não saia da sua área de cuidado cavando um túnel de fuga.
* Fonte: Peritoanimal.com.br e Infoescola.com.
* Foto: Tim Zurowski/Shutterstock.com, em Infoescola.com.