Num certo final de semana, lá foram mais uma vez o Celino e o Artur para uma pescada na fazenda de um amigo banhada pelo Rio da Prata. O carro não vai até lá na beira do rio, por isso a tralha é levada no lombo de um cavalo.
O Celino ficou no carro e o Artur foi lá buscar o cavalo. Passado algum tempo chega o Artur sem o cavalo e bastante assustado. O Celino pergunta pelo cavalo e o Artur responde:
– É que eu encontrei um tatu muito grande e ele começou a entrar em um buraco, aí eu amarrei a corda do cavalo no rabo dele, agora vamos lá, nós temos que comer aquele tatu.
Lá foram os dois. Chegando ao local, o Artur ficou espantado, nada de tatu e nada de cavalo. Quando repararam bem, só viram a vassourinha do rabo do cavalo de fora do buraco. O tal tatu entrara no buraco arrastando o cavalo arreado. O tatu, nunca mais viram e para desenterrarem o cavalo eles gastaram todo o final de semana.
* Fonte: Texto publicado com o título “Um Tatuzão” na coluna Pescaçando, de Tião Abatiá, da edição de 24 de dezembro de 1987 do jornal Correio de Patos, do arquivo do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão de História (LEPEH) do Unipam.
* Foto: Muraljoia.com.