Grande como seu nome popular, a Barata Gigante de Madagascar (Gromphadorhina portentosa) recebeu tal denominação porque é uma das maiores espécies da Ordem Blattodea. Quando adulta pode medir entre 6-10 cm de comprimento e pesar até 15 gramas, um corpo bicolor (preto e marrom), sem a presença de asas e expectativa de vida de 5 anos. O nome popular Barata Chiadeira refere-se a uma característica curiosa: ela contrai seu abdômen para liberar ar pelos seus espiráculos respiratórios, provocando um forte ruído similar ao sibilar de uma serpente. Este som também é um meio de comunicação entre elas.
Os machos têm no primeiro segmento do pronoto (cutícula quitinizada, dorsal, do primeiro segmento torácico dos insetos), dois chifres bem evidentes. A fêmea é vivípara (animais cujo embrião se desenvolve dentro do corpo da mãe, numa placenta que lhe fornece nutrientes necessários ao seu desenvolvimento e retira os produtos de excreção), ao contrário da maioria das baratas que lançam sua ooteca (estojo formado por um agregado de ovos) em um ambiente protegido para que os filhotes possam eclodir de seus ovos. Ela pare até 60 filhotes já formados que nascem branquinhos e com o passar do tempo escurecem, adquirindo uma coloração marrom em toda extensão do seu corpo oval e brilhante.
Como todo inseto, possui exoesqueleto: uma carapaça feita de quitina (mesma proteína dos fios de cabelo humanos) que lhe protege contra predadores e quedas, evitando também perda de água. Este invertebrado noturno vive escondido em meio às folhagens, serapilheiras (deposição de restos de plantas) e troncos de árvores. Das quase três mil espécies de Blattodeas, apenas uns 5% são prejudiciais à saúde humana, justamente a porcentagem que vive nos centros urbanos poluídos e contaminados. Esta barata não consegue se adaptar à vida no interior das casas. Ela não morde, mas possui espículas em suas pernas, é limpa e de alimentação herbívora. Nos EUA e na China é comum criá-la como animal de companhia por se habituar com o contato humano e por ser de fácil manutenção. No Brasil, é utilizada como complemento alimentar de anfíbios, aves, mamíferos, peixes e répteis por ser bastante proteica, mas já tem muitos que a tem como animal de companhia.
* Fonte: Projetoherpetus.files.wordpress.com e Sites.unicentro.br.
* Foto: Thepinsta.com.