MANOEL FLEURY CURADO (MONSENHOR FLEURY) − ANIVERSÁRIO SACERDOTAL

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A data de 28 de outubro foi sempre grata aos patenses, porque assinala o aniversário de ordenação sacerdotal de nosso querido e amado vigario Mons. Manuel Fleurí Curado.

Comemoramos, este ano, o seu 31.º aniversário de ordenação, dos quais pouco mais de 22 foram inteiramente dedicados a esta paroquia e a seus paroquianos.

Sacerdote na mais pura expressão dos sagrados misteres, dotado das mais excelsas virtudes, Mons. Fleurí revelou sempre a maior elegancia de atitudes como guia espiritual, como homem e como cidadão.

Zelando sempre pelas coisas da Igreja e pelas grandezas da Religião, de que é dos mais ilustres missionarios o prestigiado vigario jamais afastou de si a sábia norma cristã de dar a Cesar o que é de Cesar, e a Deus o que é de Deus.

Durante estes 20 e tantos anos de convivencia conosco, exaltando a beleza e o valor da Santa Religião, o preclaro vigario pautou sempre os seus atos nos grandes ensinamentos religiosos, de maneira que deles colhemos continuadamente proveitos saborosos e as mais salutares lições de desprendimento e dignidade.

Jamais usou de seu valor e de seu prestigio (nos tempos mais agudos e mais eriçados de dificuldades, pelo ambiente carregado e intoxicado das mais extremadas lutas politicas), para entravar ou desapoiar o menor ato governamental do Estado ou do Municipio.

Ao contrario, colocando-se sempre acima das paixões partidarias, apoiou sempre os surtos resplendentes do nosso desenvolvimento e do nosso progresso.

Estampado o seu retrato, ao assinalar a data festiva da paroquia, o nosso jornal vem juntar ao coro das homenagens do povo, a de todo o pessoal que trabalha nesta casa e que muito sabe admirar e querer o distinto homenageado.

Criada para pugnar pela grandeza do municipio e pelo realce de nossos valores positivos, “Folha de Patos” se sente bem, e nisso não vê nenhum facies de incoerencia e incongruencia na sua atitude, em enaltecer a pessoa e os atos do nosso digno vigario, por isso que, assim fazendo com sinceridade, dentro de seu programa, faz rebrilhar e lucilar um dos expoentes legitimos do que temos de mais caro e precioso.

Pouco nos importa que outros desconhecidos que conosco não vivem e nem têm direito à nossa amizade, ao nosso coração, nos atirem a pecha inexpressiva de incoerentes, porque, Monsenhor Fleurí, a quem devemos respeito e a quem admiramos realmente conhece-nos de sobra e sabe que somos incapazes de uma inverdade e de um elogio imerecido.

Pouco nos importa que outros dalém queiram afastar-nos do convivio amigo e bom de nosso vigario, porque esse desideratum não será conseguido, de vez que nos educamos na superioridade de atitudes de Mons. Fleurí e jamais confundimos as coisas de Cesar com as sagradas determinações de Deus.

A’s grandes homenagens prestadas a Mons. Fleurí pela cidade católica, alinhamos também o nosso preito sinceríssimo de amizade.

* Fonte: Texto publicado com o título “Monsenhor Fleurí Curado” e subtítulo “Seu 31.º aniversário sacerdotal” na edição de 1.º de novembro de 1942 do jornal Folha de Patos, do arquivo da Fundação Casa da Cultura do Milho.

* Foto: Arquivo da Escola Estadual Monsenhor Fleury.

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