BOCA DE FOGO

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O Boca de Fogo (Thorichthys meeki) é nativo da América Central, habitando rios do México, Belize e sul para norte através da Guatemala, especialmente na península de Yucatán. Seu habitat natural preferido são pequenas lagoas rasas e lamacentas, com uma quantidade considerável de vegetação, ramos e galhos;  ph de 6,5 – 7,5; temperatura nas lagoas de 28° a 32°C e nos rios de 25° a 28°C. O nome é devido à forte coloração vermelho-fogo na parte inferior da boca e alargando ao longo do peito. Possui uma mancha preta na metade inferior do opérculo; o resto do corpo tem coloração cinzento-azulada com pequenas manchas pretas longitudinais, variando de 3 a 5. Onívoro, na natureza se alimenta de algas, pequenos peixes e crustáceos, insetos e moluscos. A desova ocorre ao longo do ano, com picos em abril e maio associados com o início da estação chuvosa. Os machos são maiores que as fêmeas (15 e 13 cm respectivamente), possuem cores mais fortes, além de possuírem as nadadeiras anais e caudais mais longas.

O aquário deve ter a capacidade para 150 litros, no mínimo, substrato de areia fina, muitas rochas, formando verdadeiras tocas; plantas bem enraizadas, resistentes e se possível em vasos, pois o Boca de Fogo possui o habito de revirar o substrato em busca de alimento. Não apresenta dificuldades em se acostumar com rações industrializadas, porem alimentos vivos devem ser ministrados regularmente, de 2 a 3 vezes por semana. É um peixe relativamente tímido e pacifico, costuma ser um pouco mais agressivo com indivíduos da mesma espécie, porem não passa de alguns pegas. Dificilmente incomoda outro peixe, exceto no período reprodutivo, quando o casal torna-se violento e extremamente protetor de seus alevinos, correndo atrás de todos os peixes que ousarem entrar em seu território, da mão do criador e até mesmo das mangueiras utilizadas na limpeza. Possui um comportamento interessante que o utiliza para se mostrar para a fêmea e intimidar adversários. Consiste em inflar a garganta e a área das brânquias como forma de defesa, dando a impressão de ser um peixe maior. Ainda possuem dois ocelos que se assemelham a dois grandes olhos, parecendo um peixe grande devido a face avantajada.

A reprodução ocorre facilmente em cativeiro. O macho dança para a fêmea e neste momento suas cores ficam mais evidentes, principalmente o vermelho da boca. Se houver aceitação por parte da fêmea, eles irão limpar ao redor de uma rocha, vaso, folhas ou madeira, onde a fêmea depositará de 100 a 500 ovos. Logo em seguida o macho libera o sêmen sobre os ovos. A fêmea toma conta dos ovos e o macho fica nas proximidades protegendo-os de qualquer intruso. Em dois dias os ovos eclodem e os alevinos começam a nadar ao final de 5 dias. Após a eclosão dos ovos, os pais levam as crias para algum buraco ou fresta segura e, se necessário, constroem outros buracos para segurança dos alevinos. Os alevinos crescem rápido, sempre debaixo do olhar atento dos pais e quando atingem 8 cm já estão sexualmente maduros. A coloração dos filhotes é mais prateada com toques azulados, com o passar dos tempos vai ganhando mais cor, principalmente o vermelho abaixo da boca. Um par saudável pode se reproduzir até 5 vezes ao ano. Caso a fêmea não aceite o macho, este passará a incomodá-la, em alguns casos sendo necessário retirá-la do aquário e introduzi-la mais tarde.

* Fonte e foto: Aquapeixesbrasil.no.comunidades.net.

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