Nascido em Patos de Minas, aos 10 de abril de 1934, filho de Otávio Borges e Alcídia Soares Borges.
Cursou o primário no Grupo Escolar “Marcolino de Barros” e na Escola “D. Madalena Melo” e o ginasial na então escola Normal Oficial de Patos de Minas, fazendo depois o curso de contabilidade na Escola Técnica de Contabilidade “Prof. Sílvio De Marco”.
Desde cedo, integrou-se ao trabalho paralelo aos estudos, em diversas atividades: engraxate, comerciário, bancário, funcionário público.
Casado com D. Vera Maria Nogueira da Fonseca Borges, professora estadual aposentada (comemorou há poucos dias suas “Bodas de Prata”) têm os seguintes filhos: Dra. Ana Lúcia Borges, Engenheira Agrônoma, cursando pós-graduação na área de Solos na Universidade Federal de Viçosa; Carlos Antônio Fonseca, Júlia Márcia Borges, Antônio Felisberto Borges Júnior, Juliana Borges e Márcio Geraldo Borges.
Com a família já constituída, entrega-se ao seu ideal formando-se advogado e economista pelas Faculdades de Direito da Universidade Federal de Uberlândia e de Ciências Econômicas do Triângulo Mineiro de Uberaba.
Querendo ir mais longe ainda faz na Fundação “Getúlio Vargas” do Rio de Janeiro, o Curso de pós-graduação de Política de Administração Tributária da Escola Interamericana de Administração Pública e ainda os seguintes cursos complementares: Treinamento de Administrador Tributário − Ministério da Fazenda − Rio de Janeiro; Treinamento Básico de Supervisor − DRF Uberaba; Previsão de Análise de Arrecadação de Receitas Federais − Ministério da Fazenda Brasília (DF); Contabilidade Pública Específica − ESAF − São Paulo e tributação do IR no Mercado de Capitais − ESAF − Belo Horizonte.
Tem os seguintes trabalhos realizados: − Particular − “Infraestrutura Brasileira” (Janeiro/1969) − CETREMFA/M.F. − Rio); Em grupo − “Imunidade Constitucional − Isenção Objetiva e Subjetiva” (funcionários de Santa Catarina e São Paulo).
Como funcionário público, exerceu as seguintes funções: Chefe de Coletorias Federais em Presidente Olegário, Nova Era e Patos de Minas; Instrutor da Escola de Administração Fazendária do Ministério da Fazenda em formação de Monitores de Imposto de Renda Pessoa Física; Instrutor em Seminário de Imposto de Renda Pessoa Jurídica, inclusive na área de incentivos fiscais e Instrutor de Controlador de Arrecadação Federal. É especialista em Contabilidade, Legislação (IRI/PI/IUM,II/IE) e Direito Tributário.
Paralelamente à função pública, entregou-se ao magistério tendo sido professor das disciplinas de Matemática e de História Geral no Colégio “Santa Rita”, de Presidente Olegário; Contabilidade e Noções de Direito Tributário e Comercial, no Colégio Comercial “Prof. Sílvio de Marco”, de Patos de Minas, sendo atualmente Titular da Cadeira de Legislação Tributária (Curso de Economia), Direito Tributário, Moeda e Bancos e Administração Financeira e Orçamento (Curso de Administração de Empresas, da Faculdade de Ciências Econômicas de Uberada).
É o atual Delegado Substituto da Receita Federal, em Uberaba.
Nesta oportunidade, apresentamos a mensagem que nos foi enviada pelo Dr. Antônio Felisberto Borges:
“Há certos momentos que precisamos parar para refletir e dar um ‘balanço’ na nossa vida.
Um destes momentos aconteceu comigo recentemente.
Após uma missa celebrada pelo querido Padre Josias Tolentino, na Catedral de Uberaba, por ocasião do aniversário de casamento (1/4 de século), quando viramos (Vera e eu) para trás, vimos dezenas de pessoas sorrindo para nós. De um lado os 6 filhos, do outro, parentes do RS, PE, SP, DF, BH, Patos etc., juntos com colegas do corpo docente da Faculdade, do time de futebol “Corujão”, dos colegas da Receita Federal e tantos outros amigos, senti um calafrio e a sensação continuou até depois do almoço de confraternização quando palavras carinhosas foram dirigidas à minha família por Ary Rocha, Edmundo Albino, Santa Cruz, Domingos Ribeiro, Secundino Filho e Carlos Bernardino, neste exato momento não me contive e muitas lágrimas correram pelo meu rosto.
Naqueles rápidos segundos que fechava os olhos, uma vida foi repassada:
Um menino, cujo pai tentou, sem sucesso, colocar um dedal para aprender o ofício do Otávio e José Otávio, queria ser “algo mais”.
Em relance foi passando ‘o carregador de serragem do Lazinho Pereira’; foi passando ‘o entregador do correio católico do Padre Alaôr Porfírio’; foi passando ‘o vendedor de revista do Bira’; ‘o engraxate do Tino’; ‘o capinador da praça de esportes’; ‘o atirador n.º 44 que tinha vontade de conhecer a cidade grande’; até chegar ao ‘auxiliar de contabilidade do Pinheiro na Casa Santa Isabel’ e ao ‘caixa do Banco do Galileu Guedes’. Sempre sonhando em ‘namorar uma filha de Prefeito’. Enfim um sonho realizado − em 1955 − o pai de Vera foi Prefeito de Presidente Olegário, e com ela me casei (ainda bem que o pai não se chamava João). E hoje − naquele momento descrito − é gratificante gozar da amizade de um Cartafina; de um Monsenhor Juvenal Arduine (colega na Pastoral Universitária); de um Augusto Netto; de um Ary Rocha; de um Geraldo Vieira; de um Ivo Nunes (superamigo); de um Ximenes de Morais; de um Clóvis Simões; de um Jorge Scarso; de um Barroso; de um Deirozinho; de um Oadi Salum; de um João Nogueira; de um Dirceu Deocleciano; de uma Filomena Macedo; de um Zizi; de um, de um, de tantos e tantos outros. Será que mereço tanto? Será porque tenho uma família maravilhosa: esposa, filhos, mãe, irmãos? Uma Santa protetora Terezinha? Porque amo a nossa Patos de Minas? Porque quero apertar fortemente as mãos destes meus conterrâneos que querem o progresso de nossa terra e trabalham para isto? Talvez seja.
E ainda meditando, permitam-me transcrever uma mensagem que nos foi dada de presente por uma Irmã Beneditina − a querida irmã Terezinha: ‘Um dia, nós dois aos pés do altar começamos uma nova vida. Cheios de sonhos, de ilusões, de esperança. Tudo é alegria. Chegam os filhos. Sonhos que realizam, ilusões que se vão, as esperanças que se anunciam… Damos as mãos com mais forças, com medo de soçobrar. É a realidade. E os filhos crescem, novos sonhos, novas ilusões, novas esperanças em suas vidas que desabrocham. E o momento chega em que se vão. Ficamos nós dois. Não tão cheio de sonhos, nem de ilusões nem de esperanças. Mas Gozando uma profunda paz. Paz de quem viveu, de quem lutou, de quem realizou. Paz de quem cumpriu uma missão. GRAÇAS A DEUS!'”.
* Fonte e foto: Texto publicado na coluna Conterrâneo Ausente com o título “Dr. Antônio Felisberto Borges” e subtítulo “Delegado Substituto da Receita Federal de Uberaba” na edição n.º 7 de 15 de agosto de 1980 da revista A Debulha, do arquivo de Eitel Teixeira Dannemann, doação de João Marcos Pacheco.