OTIMISMO EM 1942

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TEXTO: ANTÔNIO DE MENDONÇA PINHEIRO (1942)

Foi-se o movimento diferente, a vibrante espectativa dos dias caracteristicos do fim de ano. Passamo-los sob grande esperança e cheios de fé, realmente, penetramos o mil novecentos e quarenta e dois.

Fez-se o balanço anual, e em nossa terra, no seu detalhe ou no seu conjunto, êle se definiu com a estabilidade que em todos os setores das atividades de nossa gente se patenteou.

E como sóe acontecer, de tempos para cá, S. Silvestre tambem, em o calendario cidatino, se nos apresentou, mais uma vez, como marco de passado, exclusivamente, entretanto, como promissora certeza nos dias novos que já se vão correndo.

E assim, é mister frisarmos , porque, mormente nesta epoca que tudo se torna presa de forte ceticismo, tenaz e idealista tem sido a vontade do povo e governo conterraneos realizando as nossas aspirações.

Numa demonstração de progresso constante encerrou-se, pois, em Patos o periodo anual findo, e o que surgiu ha de continuá-lo, seguindo que vamos, acima de tudo, o ritmo de progresso que em todo o país se verifica com principios guiadores, eficazmente patrioticos, do Estado Novo.

Registram-se, aqui, por isso, surtos de progresso, firmando a nossa estrutura economica. Solidificou-lhe, então, sem obstaculos, a base, incrementando a agricultura. Desenvolveu-se, apresentando-se mais energico, o comercio. A industria, consoante as nossas possibilidades, muito melhorou e, muito breve, com a vigorosa fonte de energia eletrica que se tornará realidade dentro de um ano¹, será fator de vulto à nossa prosperidade. Esta, a cada balanço anual, vem demonstrando um indice auspicioso, garantia de futuro brilhante que, neste mil novecentos e quarenta e dois mais se afirma conforme o que realizamos. Dí-lo melhor a voz dos numeros que, finalmente, manda repetir: “Patos, uma cidade progressista”, cujas perspectivas imensas e grandiosas se abrem à direita do Paranaíba como tambem, amplas e expressivas, se mostram ao “centro” de nosso curso economico, que vem se avolumando a cada ano que surge…

* 1: Leia “A Questão da Usina das Lages”, “Chegaram as Máquinas da Usina das Lages” e “Usina das Lages Está Pronta”.

* Fonte: Texto publicado na coluna De Quando em Quando com o título “Ano Que Nasceu…” na edição de 04 de janeiro de 1942 do jornal Folha de Patos, do arquivo da Fundação Casa da Cultura do Milho.

* Foto: Do livro Patrimônio de Santo Antônio – Do Sítio ao Templo, de Sebastião Cordeiro de Queiroz, publicada em 28/10/2016 com o título “Panorâmica no final da Década de 1940 − 3”.

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