EDSON BOLIVAR PACHECO ATÉ 1980

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Filho de João Pacheco Filho e D. Dirce Mundim Pacheco, nasceu em Patos de Minas , no dia 05 de junho de 1935.

Fez o curso primário na Escola Normal Oficial de Patos de Minas e durante o ano de 1946, foi preparado pela tia, Leosina Pacheco, para prestar Exame de Admissão, no Instituto Gammon, em Lavras (MG), conforme exigência legal daquela época. Aprovado no referido exame naquele tradicional e modelar estabelecimento de ensino, cursou o Ginásio e o Científico no período de 1947 a 1953, ingressando a seguir, na Escola Superior de Agricultura de Lavras − ESAL − onde formou-se Engenheiro Agrônomo, no ano de 1957.

Concluído o curso, ingressa no então Instituto Agronômico do Oeste (IAO), do Ministério da Agricultura, fazendo Estágio e treinamento em pesquisa, nas Estações Experimentais de Lavras e Rio Pomba (MG), até meados de 1959, quando transferiu-se para a Companhia Agrícola de Minas Gerais − CAMIG − onde, como Chefe de Circunscrição em Sete Lagoas, Matosinhos, Pedro Leopoldo, Paraopeba, Caetanópolis, Cachoeira dos Macacos, Inhaúma, Esmeralda, Cordisburgo, Pompéu, Abaeté é Pitangui, realiza intenso trabalho na conservação do solo e da água (desmatamentos, preparo de solos, terraceamentos, construção de barragens de terra, levantamentos de capacidade do uso da terra); assistência técnica a campos de produção de sementes básicas de algodão e assistência quanto ao emprego de produtos agropecuários.

Já como Chefe da Área de Demonstração da Região Centro da CAMIG, continua desempenhando as mesmas funções, além de treinamento de novas técnicas admitidas pela CAMIG, até o ano de 1962.

Retorna ao Ministério da Agricultura, no IPEACO − ex-IAO − em Sete Lagoas (MG), como Engenheiro Agrônomo Conservacionista, realizando trabalhos no controle da erosão nas áreas experimentais e de produção; locação e construção de canais de irrigação e drenagem. Durante os anos de 1964 e 1965, ainda como Engenheiro Agrônomo Conservacionista, pelo Convênio MA-DPEA-EPE-IPEACO-SUVALE, presta serviços na Colônia Agropecuária do Paracatu, em Brasilândia, Município de João Pinheiro na implantação de cultura de arroz irrigado; terraceamento; construção de barragem de terra e assistência técnica na condução das culturas de arroz, milho e citros.

Em 1965, promovido a Chefe da Seção de Conservação do Solo, transformada em Seção de Engenharia Rural, desempenha funções no controle de erosão, irrigação e pesquisa em manejo e fertilidade do solo, até janeiro de 1972.

Em fevereiro de 1972, transfere-se para a cidade de Viçosa (MG), onde, naquele ano e no seguinte, faz o Curso de Mestrado, na Área de Solos − com defesa de tese − na Universidade Federal de Viçosa.

Retorna a Sete Lagoas com a função de Pesquisador II da EMBRAPA − ex-IPEACO − sendo em 1979, promovido a CHEFE ADJUNTO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO CENTRO NACIONAL DE PESQUISA DE MILHO E SORGO DA EMBRAPA, em cuja função permanece.

Ao longo da carreira, fez os seguintes Cursos de Complementação: − a) Conservação do Solo (Campinas-SP); b) Genética e Melhoramento de Plantas; c) Redação Técnico-Científica (no IPEACO); d) Comunicação (no Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo), além de uma viagem de Estudos e Estágio em Manejo e Conservação do Solo, em Instituições de Pesquisa e Universidades de doze cidades dos Estados Unidos da América do Norte.

Tem três monografias publicadas como subsídios para o “Manuel Técnico para a Cultura do Milho”.

Apresentou vários trabalhos em Conclaves e proferiu Conferências, inclusive uma sobre “Uso e Conservação do Solo”, na Associação Rural de Patos de Minas, na Semana Ruralista de 1971.

Tem dezesseis trabalhos em grupo, publicados.

Além do atual, ocupou os seguintes cargos de confiança: − a) Coordenador da Comissão Técnica de Conservação do Solo e da Água do IPEACO; b) Membro da Comissão Julgadora de Seminários de Pós-Graduação do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Viçosa − 2.º Semestre de 1973; c) Membro do Grupo de Implantação do Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo; d) Coordenador do Subprojeto 09.060.005: Desenvolvimento de Tecnologia para melhor utilização de nutrientes pela cultura de Milho.

Casado com D. Consuêlo Pereira Patto Pacheco, natural de Ribeirão Vermelho (MG), Coordenadora da Escola Estadual “Dr. Bernardo Alves Costa”, localizada na área do Centro Nacional de Pesquisa de Milho e Sorgo.

O casal tem os seguintes filhos: − 1) Dr. Cleso Antônio Patto Pacheco, casado com Ângela Márcia Cintra Cardinali Pacheco e pai de Flavia Cardinali Pacheco, que no último dia 17 formou-se também Engenheiro Agrônomo, pela mesma Escola Superior de Agricultura de Lavras; 2) Consuêlo Patto Pacheco; 3)Edna Patto Pacheco e 4) Edson Patto Pacheco.

Há aproximadamente seis anos, vem prestando sua colaboração ao pai (recentemente falecido) na Fazenda “Palmeiras”, situada no Município de Lagamar.

Em atendimento ao pedido de “A DEBULHA”, o Dr. Edson Bolivar Pacheco, enviou-nos a seguinte mensagem:

“Ao ser destinguido pela revista ‘A DEBULHA’ com tão honrosa homenagem, apresento aos meus ilustres conterrâneos também ausentes e ainda não contemplados, as minhas escusas por haver ‘furado a fila’.

Na condição de Engenheiro Agrônomo, sempre preocupado com a conservação do solo, e de patense de coração, valho-me do ensejo, para levar uma pequena mensagem aos agricultores da região.

Caros conterrâneos, um trabalho construtivo da Natureza que levou milhares de anos, laureou a nossa região com solos de alta fertilidade, que nos proporcionaram títulos tais como: Município brasileiro maior produtor de feijão e ‘Capital do Milho’.

Você, agricultor privilegiado, o que tem feito em retribuição, para preservar esse solo, o mais valioso dos patrimônios? Sua responsabilidade é grande. Reflita um pouco e concordará comigo.

Procure explorar o solo de acordo com a sua capacidade de uso; lute contra a erosão; mantenha a sua fertilidade e você e seus descendentes, haverão de ‘debulhar’ muito mais.

A CONSERVAÇÃO DO SOLO É ANTES DE TUDO UM DEVER SAGRADO”.

* Fonte e foto: Texto publicado na coluna Conterrâneo Ausente com o título “Dr. Edson Bolivar Pacheco” e subtítulo “Chefe Adjunto da Área Administrativa do Centro Nacional de Milho e Sorgo da Empresa Brasileira de Pesquisas Agronômicas¹ − EMBRAPA − Sete Lagoas − MG” no número 6 de 31 de julho de 1980 da revista A Debulha, do arquivo de Eitel Teixeira Dannemann, doação de João Marcos Pacheco.

* 1: O nome correto é Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária.

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