EVOLUÇÃO HISTÓRICA

Postado por e arquivado em DISTRITOS, PINDAÍBAS.

4O nome Pindaíbas é proveniente da quantidade de árvore anonácea de lugares úmidos. O nome é de origem indígena e significa vara de pescar. Esse nome é dado à taquara de que eram feitas as varas de pesca. O nosso indígena dela dependia para tirar o sustento. Quando tal instrumento não servia, não apanhava peixes, considerava-se o índio na miséria, na falta de seu meio principal de sustento. Daqui nasceu, e é corrente no Brasil, e expressão estar na pindaíba, estar sem dinheiro. De pindá, anzol, e yba, planta, árvore.

Há um desencontro quanto à época em que surgiu o povoado de Pindaíbas. Segundo levantamento feito por Sônia Aparecida Pereira Soares, a povoação de Pindaíbas teve início em 1946, com a ajuda de Pedro Cruz. Depois de sua morte, quem teve atuação viva foi Oswaldo Lopes Nogueira, construindo a primeira casa, com um pequeno estabelecimento comercial, conhecido como venda, no local onde se situa, atualmente, a casa de Ana Oliveira dos Santos (Kika). A afirmativa tem fundamento, pois em 13 de agosto de 1948, pela lei 31, foi criada “uma escola rural-mista no povoado de Pindaíba, distrito de Chumbo, com a denominação de “Monte Castelo”. De acordo com o artigo 3.º, “esta lei entrará em vigor em 1.º de janeiro de 1949”.

Segundo depoimento de José Paulo de Amorim (foto) ao autor, em 1977, o povoado foi criado em setembro de 1953, no local onde o vigário do Chumbo, padre Aristeu C. de Oliveira, celebrou uma missa. Foi a primeira ali rezada. Numa conversa entre Lourival Mota e Osvaldo Lopes Nogueira, após a celebração, surgiu a idéia de edificar uma capela no local. Acharam conveniente levar a sugestão a José Paulo de Amorim. De pronto ele a acatou e providenciou meios para adquirir o terreno, a fim de dar início à construção. No prazo de pouco mais de três meses estava concluída. Tratava-se de uma obra muito singela. E Nossa Senhora Aparecida foi escolhida para padroeira. No dia 13 de janeiro de 1954, já se servia dela para a celebração da segunda missa. E outras mais seriam celebradas.

De imediato, em torno da capela, surgiram construções residenciais e comerciais. Osvaldo Lopes Nogueira já tinha instalada a primeira casa comercial de secos, molhados e armarinhos. Depois veio a farmácia, veio mais comércio e vieram mais moradores. Foi tudo muito rápido.

Ainda, segundo José Paulo Amorim, a Escola Rural “Manoel David”, criada em Cabeceira do Chumbo, em 1955, foi transferida para Pindaíbas e, mais tarde, estadualizada.

Nas primeiras sessões de 1958, o vereador Zama Maciel apresentou o projeto de resolução número 01 e projeto de lei pela elevação do povoado à categoria de distrito, desmembrando-se do Chumbo. Foram discutidos na Câmara e aprovados os seus projetos, no entanto, a criação do distrito caberia à Assembléia Legislativa do Estado.

Em sessão de 22 de fevereiro de 1973, o vereador Dercílio Ribeiro de Amorim requereu cópias dos projetos de resolução e de lei apresentados pelo então vereador Zama Maciel. Reavivou-se o movimento para a criação do distrito, que somente veio a acontecer através da lei 6.769, de 13 de maio de 1976. Ainstalação, com grandes solenidades, foi em 07 de agosto de 1977.

* Fonte e foto: Patos de Minas, Meu Bem Querer, de Oliveira Mello.

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