PARQUE DE EXPOSIÇÕES: A EVOLUÇÃO

Postado por e arquivado em FESTA DO MILHO.

O Parque de Exposições tem uma importante relação com a Fenamilho, porque foi, através dela, que se permitiu a construção e expansão. Foram muitos anos de trabalho incansável de homens abnegados que arregaçaram as mangas e deram a sua contribuição. Costumam dizer que a diretoria é a locomotiva da Festa. Termina uma festa e já se começa a preparar a outra.

Em março de 2008, em depoimento a Marialda Coury, João Vieira Caixeta (João Lazinho) disse o seguinte: “Em 1965, a Associação Rural transformou-se em Sindicato Rural de Patos de Minas, e em 1999 mudou a sigla para Sindicato dos Produtores Rurais. Com a mudança da Associação para Sindicato, a entidade já estava madura e precisava de uma sede à altura, para atender melhor os produtores e criar-se uma infra-estrutura adequada para a realização da Festa do Milho, que já começa a atrair muitos visitantes, o que significa bom volume de negócios, também. Começamos a procurar um terreno, onde essa sede pudesse ser construída. Como integrante do Conselho Administrativo e com autorização da diretoria, negociei com Antônio Jacinto, o terreno, uma parte onde está o atual Parque de Exposições. Quem recebeu a escritura do terreno foi o então presidente Antenor Pereira Caixeta, já no fim do seu mandato em 1966. Desta data até hoje, já houve a ampliação da área física do parque, atualmente com 13 hectares. O primeiro barracão foi construído pelo Presidente Octacílio Peluzzo, que inaugurou o Parque em 1967. Os Presidentes do Sindicato sempre foram homens dinâmicos que, ano a ano, foram construindo, ampliando e modernizando o Parque. Hoje, podemos dizer que é um dos mais bem equipados Parques de Exposições Agropecuárias de Minas Gerais e até do Brasil”.

O segundo e o terceiro pavilhões de bovinos foram construídos em maio de 1970 na gestão de Sebastião Silvério de Faria. O quarto em 1973 e o quinto em 1974, na gestão de Pedro Maciel Guimarães. O sexto e o sétimo em maio de 1987, na gestão de José Ribeiro de Carvalho. O oitavo em maio de 2001, por Evaristo José Caixeta. Os três pavilhões de eqüinos em 1987 e 1988, por José Ribeiro de Carvalho. A pista de julgamento de Animais Zama Alves Tibúrcio em maio de 2005, por Romero Queiroz Pereira. O tattersal em 1984, por José Ribeiro de Carvalho. O restaurante, na gestão de José Ribeiro de Carvalho, em meados da década de 1980.

Para fazer os animados bailes e promover a confraternização dos casais, produtores rurais e jovens, o primeiro Paiolão foi idealizado por Salvador Belluco. Era todo feito de madeira, bambu e palha de buriti. Arnaldo Queiroz de Melo coordenou todo o trabalho, com José Brejo e Chico Brejo. O 1.º baile aconteceu em 24 de maio de 1968. Salvador Belluco conta que, certa vez, fez tanto frio à noite, que ninguém conseguia dançar. Ele comentou: “Estava todo mundo congelado de frio. No ano seguinte, tivemos que arrumar uma cobertura de plástico. Aí ficou mais aconchegante”. Para melhor atendimento ao público, criou-se o Paiolinho, em 1970, com serviços de bar.

Os bailes aconteceram também no tattersal. Era o local onde a juventude reuniu-se, por muitos anos. Foi ali que se revelou para toda Patos de Minas o talento do Baiano do Som Espacial 2001. Com música mecânica, ele comandava a massa de jovens. Para cada Festa, ele tinha uma música que era o carro-chefe. Ele marcou uma época importante e descontraída da Festa.

Em 17 de maio de 1991, na gestão de José Ribeiro de Carvalho, foi inaugurado o Paiolão existente hoje. Não tinha separação de idade, cor, credo ou posição social. Como dizia o Baiano do Som: “Todo mundo era todo mundo”. Ele também, acabou criando o slogan do Paiolão: “A oitava maravilha do mundo”.

O primeiro palco para shows era de madeira e outros foram feitos e melhorados, até se chegar ao grande palco atual. A necessidade da obra surgiu dos próprios artistas que reivindicaram melhores condições para a apresentação de espetáculos maiores e mais elaborados. O novo palco tem área de 450 m², com 15 metros de altura. A rede elétrica teve a sua capacidade dobrada, de forma a suportar 30 toneladas de som. Nele, prestou-se homenagem ao diretor Arnaldo Queiroz de Melo.

A portaria e bilheteria foram construídas em 1981, na gestão de Pedro Maciel Guimarães. Desde o início a Sociedade São Vicente de Paula tem participação. João Vieira Caixeta (João Lazinho) diz o seguinte a respeito: “Tenho participado da Festa do Milho como produtor rural e, também, como vicentino. Em 1975, o Sindicato Rural cedeu à Sociedade de São Vicente de Paula, uma barraca no parque. Essa parceria foi ampliada, a partir de 1981. Nós, os vicentinos, trabalhamos na Bilheteria do Parque, vendendo ingressos e também na portaria, recebendo 10% do valor arrecadado. Agora, estamos na venda dos ingressos para a entrada no Parque. O Sindicato repassa para a Sociedade São Vicente 5% da renda da bilheteria e 3% do Paiolão. Considero que este gesto de consciência social vem sendo mantido pelas diretorias do Sindicato e tem contribuído demais com a missão da Sociedade São Vicente de Paula, junto às famílias mais carentes da nossa cidade. Só temos a agradecer ao Sindicato por isso”.

A ideia da construção da Praça Park surgiu baseada na Praça dos Amores da Setember Fest, evento realizado pela Cadoro Produções. Foi feito na gestão de Romero Queiroz Pereira em 2001. A finalidade do espaço era atender as famílias que vinham trazer seus filhos e não tinham um local adequado. Tornou-se na Fenamilho, a praça da alimentação, devido à grande diversidade de produtos oferecidos. Os artistas regionais ganharam este espaço, que era coordenado pelo radialista Dercílio Souza (Kid Mosquito). A Praça Park, atualmente, ganhou nova dimensão, com a instalação de um grande palco em condições de receber artistas de renome nacional e internacional e tem, inclusive, a presença de um trio elétrico.

De 1967 até os dias de hoje, a cada ano o Parque de Exposições Sebastião Alves do Nascimento sofreu algum tipo de alteração. A cada ano novas estruturas e novas atrações são incorporadas, numa renovação sem fim.

* Fonte: A Festa do Milho Através dos Tempos, de Marialda Coury.

* Foto: Descubraminas.com.br.

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