Em alguns lugares primitivos a dor ainda é usada para treinar cães a serem agressivos. Ao infringir dor, o humano faz o cão associar a dor a algo a que ele deve mostrar agressividade. Essa é a forma que as pessoas treinam os cães para brigar entre si. Pessoas inescrupulosas e desumanas também usam este método para treinar cães a serem agressivos em relação a desconhecidos.
Treinadores esclarecidos – e isso inclui a maior parte da força policial – treinam cães para latir agressivamente sob comando e a trazer a presa, em vez de atacar. Inicialmente, o cão é treinado para reaver um objeto, quase sempre em forma de arma. Ele faz isso com prazer e é recompensado pelo treinador. Então ele prossegue e é treinado para reaver a arma enquanto ainda está amarrado a um humano. Sob a ordem de ataque, o cão pula na arma, leva-a ao chão – onde é mais fácil de manipular – e tenta arrastá-la de volta a seu treinador. A grande vantagem de usar essa manobra para treinar o cão a ser agressivo é que sua agressividade fica sempre armazenada, pronta para ser utilizada ou não, dependendo da ordem de seu treinador. Como não é agressividade real, o cão se mantém cauteloso com as pessoas, enquanto não recebe a ardem de reaver. É claro que os treinadores de cães da polícia têm seus próprios egos para satisfazer, portanto muitas vezes usam a palavra atacar em vez de buscar, mas isso na verdade é uma questão de semântica.
* Fonte: 100 Perguntas Que Seu Cão Faria ao Veterinário (se ele pudesse falar…), de Bruce Fogle.
* Foto: Caonossodecadadia.blogspot.com.br.