FESTA DO MILHO – PERSPECTIVAS EM 1970

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festa-do-milho-perspectivas-em-1970Aproximamo-nos, rapidamente, do início das festivas solenidades da Vigésima Primeira Festa Nacional do Milho e Quinta Festa Nacional do Fosfato, as quais como vêm acontecendo há vários anos, realizaram-se com raro brilhantismo em Patos de Minas.

Concomitantemente, teremos outras promoções, como a Vigésima Primeira Semana Ruralista, a IV Exposição Regional de Pecuária, a IX Feira de Gado e IV Encontro Regional da Mulher do Campo, realizando-se, em torno de tais e tantas comemorações, outras festividades que lhes serão consequentes e correlatas.

Destarte, durante, 9 dias consecutivos e ininterruptos, os patenses, de coração e de nascimento, estarão completamente voltados àquelas festividades marcando, mais uma vez, a presença de Patos de Minas no cenário regional, estadual e nacional.

Evidentemente que, como está eloquentemente provado, a nossa Festa das Festas, com repercussão nacional, é um imperativo, na sua efetivação em todos os anos, o que vem acontecendo, precisamente há 21 anos.

Muito, mas muito, mesmo, do que Patos de Minas possue, tanto no setor urbano quanto no rural deve, indubitavelmente, à realização da Festa Nacional do Milho.

Através dela, Patos de Minas tem carreado para as nossas fronteiras benefícios, os quais estão à vista de todos, tanto assim que a mesma foi reconhecida como tendo um caráter nacional.

Além do mais, quando da realização da Fenamilho, oferece-se oportunidade aos patenses, no sentido de mostrar e evidenciar, a todos quantos nos visitam, e bem assim a outros que assim não fazem mas tomam conhecimento do que aqui realizamos, o que estamos efetuando e o que poderem concretizar, em termos de, através de construções em todos os sentidos, patarmos construindo o nosso futuro.

Também, através de pesquisas, de estudos de trabalhos, evidenciamos a potencialidade do solo e subsolo patense, como também de todos os nossos conterrâneos, via da instrução, da educação e da cultura, o sentido de criatividade reinante em todas as personalidades que integram a comunidade patense.

Outro sentido profundamente admirável da Festa Nacional do Milho, é aquele em que, apezar de a realizarmos, e a impulsionarmos, fazemos questão absoluta que, não somente aquelas comunas que nos são visinhas, e seus integrantes, mesmo outras mais distantes venham efetiva e realmente participar de nossa alegria, de nosso contentamento, esquecendo um pouco as asperezas da vida, em si mesma, familiar ou mesmo comunitária.

Tanto assim que todos, sem exceção, que chegam a Patos de Minas, passam a participar de nossas  festividades, fazendo uma perfeita integração entre patenses e forasteiros.

Por tudo isso, e mais outras […] que poderíamos extrair do fato em foco, verificamos ser irreversível a realização da Festa Nacional do Milho.

Mas, para a sua efetivação, somente é possível a união de todos, deixando de lado questiúnculas e divergências, todos trabalhando não para o ideal de cada um, para o da comunidade, desenvolvendo-a em prol da prosperidade e do bem estar do nosso meio ambiente físico e humano.

É, inquestionavelmente, a lição maior, que da Festa Nacional do Milho poderemos extrair, ou seja, de que a união de todos os patenses, trabalhando intensamente em prol da Fenamilho, é um exemplo, palpitante e vivo, que todos poderemos também assim o fazer; ininterruptamente; em benefício do Progresso e do Bem Estar de nossa muita querida Patos de Minas.

* Fonte: Texto de Omar Alves Tibúrcio publicado com o título “Perspectivas” na edição de 28 de abril de 1970 do jornal Correio de Patos, do arquivo do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão de História (LEPEH) do Unipam.

* Foto: Cartaz oficial da Festa Nacional do Milho de 1970, do arquivo da Fundação Casa da Cultura do Milho.

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