O nascimento das cidades geralmente não fugiu do tradicional: aventureiros se fixavam à margem de rios, lagoas e lagos. Alguns ficavam, outros partiam buscando novos horizontes, terceiros chegavam até que surgia uma pequena povoação. Então construía-se uma capela e o casario se desenvolvia em volta dela. Depois vinha a paróquia, a vila e eis a cidade com um mundaréu de gente. Patos de Minas não fugiu à regra com a povoação “Os Patos” à beira de uma lagoa afastada do Rio Paranaíba. Era a Lagoa dos Patos, que não existe mais. Na foto da década de 1940, a ponta da torre da nova Matriz (sem ainda estar totalmente concluída, mas aberta em junho de 1942) aponta para o Largo da Matriz, hoje Praça Dom Eduardo, com destaque para a Matriz antiga. Atrás desta, coberto pela vegetação, o prédio da Cadeia no início da Avenida Paracatu. Seguindo a avenida, aparece a antiga Igreja do Rosário. O leito do antigo lago era contornado, tomando como ponto de partida a antiga Cadeia, esquina da Avenida Paracatu com a Praça Juquinha Caixeta, pelas seguintes ruas: Teófilo Otoni, até a Rua Padre Caldeira; por essa até a Rua Major Jerônimo; por essa até a Praça Champagnat; desce pela Rua João da Rocha Filgueira até a Avenida Paracatu, caminhando ao ponto inicial.
* Texto: Eitel Teixeira Dannemann.
* Foto: Patos de Minas: Capital do Milho, de Oliveira Mello.