É FOGO!

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É FOGONão se sabe dia, mês e ano de quando aconteceu, se foi na Catedral de Santo Antônio ou na Igreja do Rosário, dos Capuchinhos ou outra qualquer. O que se sabe é que o fato se deu no final da década de 1970 numa missa de domingo. Lá estava o padre, todo empolgado, fazendo seu sermão. Bem na frente dos fiéis, havia um homem em pé, mãos para trás, que a toda hora se balançava, olhava pra cima, suspirava fundo e, numa vírgula do sermão do padre, falava alto:

– É fogo! (Ou coisa parecida. Provável que seja coisa parecida)

Dava aquele susto no padre, ele fazia que não ouvia e continuava seu sermão. Um pequeno intervalo e lá vinha o sujeito, depois do suspiro, cada vez mais alto:

– É fogo!

Lá pela décima vez o padre não aguentou, parou o sermão e falou:

– O que é que está acontecendo, meu irmão? Isso aqui é uma casa de respeito, fica você aí falando esse palavrão. Que é que há? Diz aí, talvez a gente possa te ajudar.

E o cara falou:

– Seu Vigário, o meu problema é o seguinte: eu sou casado há dois anos. Olha bem pra mim. Sou um típico mineiro, não sou? Pois bem, hoje nasceu nosso primeiro filho, com os dois olhos puxados que mal conseguem abrir. Que é que o senhor acha?

E o padre, dando um suspiro:

– É, meu irmão, é fogo! (Ou coisa parecida. Provável que seja coisa parecida)

* Fonte: Texto publicado na edição de 25 de dezembro de 1979 do jornal Boletim Informativo, do arquivo do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão de História (LEPEH) do Unipam.

* Foto: Paroquiaespiritosanto.sgcp.com.br.

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