MANÉ GARRINCHA EM PATOS DE MINAS

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Nascido em 28/10/1933, os últimos anos de vida do craque futebolístico Garrincha (Manoel Francisco dos Santos) foram desesperadores por causa do alcoolismo. Na década de 1970, o ex-jogador vivia a sua fase de “caça-níqueis” participando de partidas de futebol pelo interior do Brasil em troca de alguns trocados. Em 1974 ele esteve no Alto Paranaíba onde participou de dois amistosos, um aqui e outro em Patrocínio.

Na época, o alfaiate Gaspar Pereira Silva era presidente do Mamoré e teve a ideia de trazer o Mané Garrincha a Patos de Minas. Foi feita uma ligação telefônica para Newton Santos e este informou que seria necessária uma viajem ao Rio de Janeiro para conversar com a esposa do craque, Elza Soares. A viajem foi feita, negócio fechado e o Gaspar trouxe o jogador. Contam que na vinda, em toda parada, Garrincha ingeria uma dose de pinga.

A data dos dois jogos em 1974 foi esquecida (diz o Gaspar Papá que foi em dezembro). Ficou a lembrança que o jogo em Patos de Minas foi realizado numa quarta-feira à noite no campo da URT com um “combinado” para enfrentar um time de Patrocínio. Garrincha jogou apenas um tempo, embalado por tragos de pinga, e o placar ficou no 1 a 1. No domingo jogaram em Patrocínio (2 a 2), com o craque “penando” para correr em campo abastecido de álcool.

Acometido de cirrose hepática, Mané Garrincha faleceu em 20 de janeiro de 1983. Para os patenses, ficou a lembrança de que numa saudosa quarta-feira de 1974 o genial Garrincha pisou em solo patense.

EM PÉ: Zé Tega, Vandão, Gaspar (Papá), João Carlos, Anedino, Jacques, Marrão, Arara (massagista).

AGACHADOS: Mané Garrincha, Miltinho, Negão, José Roberto, Alírio.

0* Texto: Eitel Teixeira Dannemann.

* Fontes: Gaspar de Deus Caixeta, Anedino Cristiano de Brito e José Bonfim dos Santos.

* Foto: Arquivo de Gaspar de Deus Caixeta (Papa).

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