COLÉGIO ESTADUAL BOMBARDEADO DUAS VEZES CONSECUTIVAS

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AHá certos casos de vandalismo em Patos de Minas que são, na verdade inexplicáveis. E êles vêm, quase sempre, de pessoas que jamais esperávamos. É um espírito de destruição e falta de carinho e cuidado para com as coisas públicas incalculáveis. A gente tem até tristeza de comentar muitas delas. Nem levar a público gostaríamos. Mas somos obrigados.

Não sabemos por que cargas d’água, um senhor de certa projeção em nosso meio a lançar bombas de grande periculosidade nos jardins do Colégio Estadual, à noite, quando os alunos se encontram em aula. Jogou, durante uma noite, três bombas, duas delas estouraram. Uma foi recolhida pela direção. Não conseguiram pegar o “espírito de porco”. Na segunda noite, já de espíritos prevenidos, esperaram que o mesmo autor voltasse. E lá êle apareceu às mesmas horas e da mesma forma. Ai o caso já sucedeu diferente. Pois foi pêgo pelos funcionários do Colégio e depois de apreendido o seu carro, levado à polícia. Agora o fato se encontra na Delegacia aguardando uma solução, seja justa e haja um castigo para o autor dos atentados.

É bom que fiquemos mais alertas, pois a cidade não tem maior proteção contra estes amantes da destruição. Haja visto o que fazem com os bancos de nossos jardins e nossas praças. Quanto à iluminação, nem mais se fala. O que foi feito com a bonita e cara iluminação da Praça Champagnat, totalmente destruída e também um poste defronte da Igreja Catedral. As nossas autoridades têm que tomar uma providência muito séria a respeito e castigar bem merecidamente, aos delinqüentes.

* Fonte: Texto publicado na edição de 23 de março de 1967 do jornal Folha Diocesana, do arquivo do Laboratório de Ensino, Pesquisa e Extensão de História (LEPEH) do Unipam.

* Foto: Blog.matorres.com, meramente ilustrativa.

* Edição: Eitel Teixeira Dannemann.

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