LABRADOR RETRIEVER

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LABRADORO Labrador Retriever é uma raça de criação britânica, no entanto, o mais provável é que seu ancestral direto tenha tido origem na ilha de Terra Nova, no Canadá, onde era utilizado pelos pescadores para recuperar peixes. Este cão, criado na região da ilha colonizada principalmente por ingleses e irlandeses, estava sempre presente nos trabalhos relacionados à atividade pesqueira, e colaborava com seus donos carregando cordas entre os barcos ou recuperando redes de pesca do mar. Muitos desses cães foram levados de volta à Inglaterra no início do século 19 e alguns criadores demonstraram grande interesse pela raça.

Até então conhecido por diferentes nomes, como Cão D’água de São João, Cão de São João ou ainda Pequeno Terra Nova, a raça recebeu na Inglaterra um novo nome para diferenciá-la do grande cachorro que hoje conhecemos como Terra Nova. Passou então a ser chamado de Labrador Retriever, em alusão a ilha canadense de Labrador. Seleção e cruzamentos, sem dúvida com intervenção do Pointer, Setter, Spaniels e outros perdigueiros, permitiram o aperfeiçoamento da raça.

O Labrador Retriever moderno é considerado, portanto, uma raça relativamente recente. O primeiro clube foi formado em 1916 e o Clube do Labrador Amarelo foi fundado em 1925. E ao longo de sua história tornou-se uma das mais populares raças de cachorros em todo o mundo, seja por sua beleza, por seu caráter dócil e amistoso, pelo temperamento equilibrado e alegre, ou ainda por suas notáveis capacidades intelectuais.

Possui um excelente temperamento que o torna um amável companheiro fiel e está sempre procurando agradar ao seu dono. Considerado um cão extremamente inteligente e obediente, é capaz de se adaptar em qualquer lugar. É vivo, brincalhão, de natureza essencialmente amigável, sem nenhum traço de agressividade ou timidez, demonstrando alto nível de tolerância com as crianças e também com outros animais. Entretanto, é importante salientar que não costuma tolerar os maus tratos nem os gritos, ficando rebelde com o dono.

O Labrador Retriever é, sem dúvida, uma raça de inúmeras qualidades, onde as utiliza em diversas outras funções. É um cão rápido, atlético, de apuradíssimo faro, e essas características o tornaram um excepcional farejador, um inigualável cão guia e um espetacular cão de busca e salvamento, entre outras tantas funções que também desempenha com desenvoltura, sendo utilizado por polícias como cão de busca e, sobretudo, como detector de drogas ou explosivos. Faz um sucesso internacional notável. Permanece entre as primeiras raças na Grã-Bretanha, assim como nos Estados Unidos, e alcançou essa posição na França nos últimos anos e é bastante difundido no Brasil.

É um cão curto e maciço, com 55-57 cm de altura (as fêmeas com 54-56 cm). Tem cabeça robusta apresentando um focinho forte, não pontudo, com trufa larga e narinas bem desenvolvidas; nariz preto; mordedura em tesoura; olhos marrons ou avelã, de expressão inteligente; orelhas pendentes coladas à cabeça; pescoço possante; a cauda de comprimento médio, é toda recoberta por um pêlo especial curto e denso (cauda de lontra); pernas de boa ossatura; pêlo denso e duro, sem ondulações, com subpelo resistente à água. As cores da pelagem: negro, chocolate, amarelo, sem em cor única. De acordo com o standard oficial da raça, uma pequena mancha branca no peito é permitida.

É bastante resistente a temperaturas altas, por isso se habitar um país com um clima quente dificilmente terá algum problema em suportar o calor. Mesmo em altas temperaturas é um grande comilão e comerá sempre que tenha oportunidade, por isso é muito importante controlar as porções que ingere, pois à medida que vai envelhecendo corre o risco de obesidade. Evite dar-lhe guloseimas humanas e comida humana, pois estará a incentivar uma atitude que depois não conseguirá controlar. Por ser muito ativa e embora possam viver num apartamento, precisam de correr livremente, necessitam de exercício e de jogos em que possam ir atrás de algo, isto não só o ajudará a manter ativo mas também a queimar todas as calorias que ingere e prevenir que se torne demasiado obeso.

O filhote esbanja energia e está sempre disposto à brincadeiras, especialmente as que evocam seu instinto caçador. É capaz de passar horas correndo alucinadamente atrás de uma bolinha atirada pelo dono e devolvendo com a mesma eficiência que teria caso fosse um pato selvagem. É um cão que precisa de muito exercício, em especial porque a raça tem fortes tendências à obesidade. Deve ser acostumado à guia desde cedo e, se possível, passar por treinamento de obediência. É um cão que late pouco e na maioria das vezes não estranha nem mesmo pessoas diferentes, sendo por isso pouco recomendável como cão de guarda.

Assim como é afável com as pessoas, convive muito bem com outros cães e animais domésticos, sendo recomendável mesmo que seja socializado para poder aumentar a carga de exercícios. Muitos são hábeis competidores de Agility, sendo também grandes campeões em provas de obediência em todo mundo. Até um função de sua popularidade crescente, muitos problemas começam a aparecer, a maioria deles relacionados a cruzamentos geneticamente não recomendados.

Um dos maiores problemas genéticos da raça – e que pode ser evitado pela seriedade dos criadores – é a displasia coxofemoral. Caso vá adquirir um filhote, certifique-se de que os pais tenham sido examinados e que tenham sido aprovados pelas radiografias. Além da displasia, a osteocondrose (mal que compromete a cartilagem e o osso prejudicando a articulação) também pode aparecer e causar a chamada displasia de ombro (a mais comum) e as de cotovelo, joelho e calcanhar. O problema ainda é pouco conhecido no Brasil. Há duas doenças genéticas que atacam a visão, causando perda progressiva até chegar à cegueira: a Catarata, que ocorre quando o cristalino – parte interna transparente do olho – torna-se opaco; e a Atrofia ou Displasia da Retina, uma degeneração das células da retina.

* Fontes: Cani, de Gino Pugnetti; Guiaderacas.com; Umcomo.com; e Dogtimes.com.

* Foto: Kids.britannica.com.

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