COLLIE (PASTOR ESCOCÊS)

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A origem do Collie não é bem definida, talvez tendo a mesma raiz do Border Collie. Quanto ao nome, uma teoria sugeri que veio de uma palavra gaélica que quer dizer “útil”, o que descrevia o valor desses cães nas fazendas e rebanhos para os Celtas, primeiros habitantes das Ilhas Britânicas. Durante séculos foi um excelente cão pastor e apenas em 1860 a raça foi definida e apresentada nas exposições. Outra teoria sobre o nome diz que deriva provavelmente de Colley, espécie de ovelha com máscara e patas negras (coal – carvão), dos quais o Pastor Escocês foi um guardião atento no passado.

Nessa época, a Rainha Vitória se encantou pela raça. Com seu apoio, a popularidade do Collie cresceu não apenas entre os criadores de ovelhas, mas também entre membros da classe alta, que se apaixonaram por sua beleza.

Em 1878, a Rainha Vitória colocou a raça novamente sob os holofotes apresentando dois exemplares na Exibição de Cães de Westminster. Isso despertou o desejo na elite americana, que importou a raça. Mais tarde, o Collie encontrou um novo defensor, o escritor Albert Payson Terhune, cujas histórias sobre a raça espalharam sua fama por todas as camadas sociais. O mais famoso espécime de todos os tempos, a estrela de TV Lassie, ajudou a transformar o Collie na raça mais querida de todos os tempos na América.

Com 50 a 60 cm aproximadamente de altura (as fêmeas 10% a menos), com um peso compreendido entre os 22 e 32 kg, o Collie deve dar a impressão de beleza e harmonia, aliadas à robustez e agilidade. A cabeça (importantíssima na avaliação) deve ser plana entre as orelhas, enquanto o focinho se prolonga reto em direção ao nariz, que é sempre preto. Os olhos devem conferir-lhe aspecto sereno e atento; as orelhas pequenas, inseridas na parte mais posterior do crânio, 2/3 eretas e pendentes no último terço. Corpo retangular; a cauda deve atingir o jarrete, raiz baixa com a ponta levemente erguida. O seu pêlo é abundante e rústico, com amplo colar; curto sobre o crânio, no focinho e na extremidade das orelhas. Cores: branco, caramelo e branco (prevalecendo o caramelo), tricolor (caramelo, preto e branco), cinza-azulado marmorizado com marcas brancas.

O seu temperamento apresenta aspectos contrastantes, porque ele é fundamentalmente dócil e sensível, mas ao mesmo tempo teimoso (obstinado) e indolente. O sentido de proteção aos seus donos é muito desenvolvido, especialmente das crianças e das pessoas solitárias. Aristocrático, inteligente, fiel, não agressivo, mas desconfiado com quem não lhe agrada. Deve ser adestrado com delicadeza e gentil persuasão, caso contrário recusa aprender mesmo as coisas mais simples.

Robusto, forte, ativo, é ainda utilizado como pastor, mas com sua inteligência mereceu aprovação também como cão de guarda, de salvamento na água e nas chamas, de guia para pessoas cegas. Pela sua extraordinária beleza tornou-se hoje quase exclusivamente um cão de companhia, aristocrático e dócil. Foi definido “cão com inteligência de homem e encanto de mulher”.

São necessárias freqüentes escovadas para manter brilhante a belíssima pelagem. No verão sente um pouco o calor e por isso necessita de lugares sombreados.

* Fontes: Todos os Cães, de Gino Pugnetti, Tudosobrecachorros.com.

* Foto: Vetstreet.com.

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