SONETO AO BELO SEXO

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Foi certa vez, um colega meu, o Péres
Provocou-me a seguinte discussão:
Coração de mulher é nada, é néres,
É poeira que rola pelo chão.

Estribado em premissas rosicléres
O belo sexo eu defendia em vão,
Pois eu não tinha a força das mulheres
Que mais convencem pelo coração.

Depois que ele esgotou o repertorio
E que puz a mulher num oratorio
Falei aos seus ouvidos de cochichos:

Psiu! calemos, tudo é brincadeira,
Seus corações são mesmos de poeira,
Mas poeira que não sobra para o lixo…

* Fonte: Edição de 31 de outubro de 1943 do jornal Folha de Patos, do arquivo da Fundação Casa da Cultura do Milho, via Marialda Coury.

* Foto: Mensagenscomamor.com, meramente ilustrativa.

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