Nascido em 1.º de novembro de 1920, na Fazenda Paraíso, Distrito de Santana de Patos. Filho de José Ricardo Caixeta e de D.ª Salvina Luzia de Jesus, tendo como avós paternos Ricardo Pereira Caixeta e Silvéria Maria do Carmo; e avós maternos José Cezário da Silveira e Salvina da Silveira.
Batizado na Capelinha de Alagoas em 10 de novembro de 1920 pelo então Padre Manoel Fleury Curado, Vigário da Paróquia de Patos. Cursou o primário nas Fazendas Paraíso, Serrote e Caixeta, tendo como professores Adolfo Rodrigues Vieira e João Leite Barbosa. Em 1938 cursou o 1.º ano ginasial no Dom Bosco de Araxá, onde fez também o Tiro de Guerra, tornando-se reservista na 2.ª Categoria. Em 1939, mediante concurso, foi aprovado e matriculado na Escola Superior de Agricultura e Veterinária de Viçosa, fazendo o curso de Administrador de Fazenda. Em 1940 e 1941 fez o Curso de Técnico Agrícola na mesma Escola Superior de Agricultura e Veterinária. Em 1942 iniciou o trabalho profissional na Fazenda Caixeta e na Granja Santana, na Praça do Mercado.
Em 31 de maio de 1945 casou-se com Maria de Lourdes Queiroz Pereira, filha de Afonso Queiroz e Maria Nonoca de Queiroz. O casal teve nove filhos: Romero, Marli, José Reginaldo, Marina, Ronaldo, Maria Ângela, Lucia Helena, Juliana e Raquel.
Tendo sua atividade profissional sempre ligada a Agricultura e Pecuária, em 1956 juntamente com vários fazendeiros reorganizou a Associação Rural de Patos de Minas, sendo o seu 1.º Vice-Presidente com participação direta na Administração quando foi criada a 1.ª Farmácia Veterinária da cidade. Foi Presidente da entidade de 1957 a 1960. Em sua gestão realizou a 1ª Festa do Milho – 1959, tendo ao seu lado como vice-presidente Eurípedes Pacheco (Pai Vaca).
Posteriormente trabalhou como Técnico e avaliador do Banco do Brasil para financiamento Agrícola e Pecuário, sob a orientação do então Gerente Sr. Luiz Teobaldo de Lamonica. Participou como sócio fundador da Cooperativa Agropecuária de Patos de Minas, sendo Presidente por três mandatos: 1961 a 1963, 1974 a 1977 e 1983 a 1987.
Em 1962, em convenção realizada pelo Partido Social Democrático, foi indicado para candidato a Prefeito Municipal, tendo como companheiro de chapa o ex-Prefeito Genésio Garcia Roza, sendo eleito para o período de 31 de janeiro de 1963 a 31 de janeiro de 1967. Seu vasto círculo de amizades, tradição de família, atividade agropastoril, presidência de agremiações recreativas e de entidades de classe, e o cargo de avaliador do Banco do Brasil, valeram-lhe a escolha. Foi o último Prefeito eleito pela legenda do extinto PDS, e seu único cargo político.
Durante os seus quatro anos de governo, teve a seu lado um dos mais eficientes servidores de diversas administrações – José Caixeta Frazão – cujo desaparecimento em 1969 abriu uma lacuna entre os lutadores pelo progresso patense. Iniciou a construção da nova Prefeitura Municipal e construiu 17 grupos escolares rurais. Transferiu o Colégio Municipal para Estadual, construiu e inaugurou as Praças Champagnat e Dom Eduardo. Adotou o sistema de calçamento de bloquetes – notadamente do esquecido “outra banda da Lagoa” – fazendo 30.000 m². Mandou elaborar o projeto definitivo de água para Patos de Minas, pelo SESP, com capacidade de atendimento a uma população de 300.000 habitantes. Conseguiu a construção dos Grupos Escolares Abner Afonso e Osório Maciel, através do Plano Nacional de Educação.
No plano rural realizou melhorias de estradas, conservação, construção e reconstrução de pontes e mata-burros. Melhorou a rede escolar, com a construção de 24 salas de aulas espalhadas no Município, grupos nas localidades de Pilar, Mata do Brejo, Britos (na Mata dos Fernandes) e Santa Maria.
Em 31 de janeiro de 1967, Pedro Pereira dos Santos passou o governo para Ataídes de Deus Vieira, eleito em 15 de novembro de 1966, pela legenda Arena-1, que teve como Vice-Prefeito, Dercílio Ribeiro de Amorim.
Pedro Pereira dos Santos faleceu em 28 de abril de 2004.
* Fontes: Arquivos do Laboratório de História do Unipam; Sindicato Rural de Patos de Minas; Domínio de Pecuários e Enxadachins, de Geraldo Fonseca; Patos de Minas: Capital do Milho, de Oliveira Mello.
* Foto: Arquivo do Sindicato Rural de Patos de Minas.